POR QUE MUITAS EMPRESAS NÃO SOBREVIVEM?
Economia

POR QUE MUITAS EMPRESAS NÃO SOBREVIVEM?




Outro dia, me perguntaram por que as empresas sobrevivem tão pouco tempo depois da formalização.

Segundo dados do Censo de 2010, no período de 2007 a 2010, 48,3% não sobreviveu no mercado e fechou as portas depois do terceiro ano.

A pesquisa também revelou que as regiões norte e nordeste concentram as menores taxas de sobrevivência, 71,5% e 75,1% delas não tiveram sucesso, respectivamente. As maiores taxas de sobrevivência estão concentradas nas regiões sul e sudeste, registrando percentuais de 79,3% e 78,9%, respectivamente.

Um problema marcante no mapa do Brasil é a desigualdade social causada pela má distribuição de renda. É fato que as regiões sul e sudeste concentram a renda e apresentam desenvolvimento visível e que, inevitavelmente, provoca reflexo na saúde das empresas. Afinal, quanto mais dinheiro circulando na economia, mais a indústria e o comércio são beneficiados pelo consumo.

Mas um das maiores falhas dos empreendedores é a falta de planejamento. A gestão empresarial foca pontos importantes, tais como identificar se a ideia do negócio é viável, qual é o diferencial que a empresa tem em relação à concorrência, se o ponto é adequado para o tipo de negócio e se há demanda para o produto oferecido. Prever os custos também é fundamental para o sucesso do negócio.

Enfim, são muitos os motivos que levam ao insucesso, mas dentre todas as medidas preventivas que o novo empresário deve tomar está o custo tributário que suportará na realização de suas atividades. Conhecer cada tributo incidente sobre a operação é condição para o lucro. Isto porque todo encargo tributário deve ser considerado na formação do preço.

As obrigações fiscais como emissão de notas, escrituração de livros e a transmissão de declarações também devem ser motivo de preocupação, uma vez que deixar de cumpri-las acarreta autuações fiscais, levando a quebra do caixa.

O contribuinte também deve se preocupar com o melhor regime de tributação em razão de sua atividade, visando reduzir o seu ônus fiscal.

É imprescindível ter suporte de um profissional qualificado, assim como realizar uma revisão periódica de sua escrita fiscal.

Hoje, no Brasil, temos dois milhões de microempreendedores individuais e, uma boa parte deles, desconhece suas obrigações diante do fisco. Nesse cenário, o portal do microempreendedor individual (www.portaldomicroempreendedor.gov.br) pode dar orientações sobre a nova modalidade.

Já as empresas tributadas pelo Simples Nacional, bem como aquelas tributadas pelo Lucro Presumido também devem estar alertas, especialmente quanto aos regimes de tributação adotados e ás exigências fiscais para a realização de suas atividades. Uma empresa enquadrada no lucro presumido, dependendo da atividade, pode ingressar no Simples Nacional, se o faturamento não for superior a três milhões e seiscentos mil reais anuais.

Planejamento é a palavra-chave para o sucesso. Avaliar e controlar a operação no que diz respeito ás vendas, a margem de lucratividade, a concorrência de mercado e, especialmente, quanto a custos não repassados no preço, podem fazer muita diferença na gestão da empresa. O SEBRAE (www.sebrae.com.br) presta assessoria nesse sentido e ministra cursos que visam o planejamento e a viabilidade do negócio.

Por todos os motivos expostos, empreendedor, não fique preso apenas a conhecer o produto do seu empreendimento. Oriente-se sobre tudo o que envolve a atividade da empresa.



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