Economia
A ARTE DE EMPREENDER QUE PROVOCA IMPACTOS SOCIAIS
Conheço relatos de pessoas que num momento de dificuldade financeira se reinventaram e colocaram em prática uma grande ideia. Alguns são histórias de sucesso. Outros, nem tanto.
Segundo estudo recente realizado pelo SEBRAE e pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa de Qualidade e Produtividade – IBPQ, três entre cada dez brasileiros, na faixa entre 18 e 64 anos, são titulares de pessoa jurídica ou estão envolvidos com a criação de alguma nova atividade empreendedora. O estudo também revelou que a taxa de novos empreendimentos aumentou de 23% em 2004 para 34,5% em 2014.
Criado em 2009, o Sistema do Microempreendedor Individual - SIMEI já ultrapassou a marca de cinco milhões de formalizações, segundo o Portal do Microempreendedor.
Quase 500 atividades com faturamento de até R$5.000,00 mensais podem se formalizar, tais como tintureiro, soldador, manicure, açougueiro, entre outras.
O SIMEI é uma “ramificação” do Simples Nacional, cuja sistemática define uma forma unificada de arrecadação de tributos, como ISS, ICMS, INSS...
O “Simples”, como é conhecido pelos brasileiros, favorece atividades cujo faturamento não ultrapasse R$3.600 milhões e, em 2015, beneficiou atividades como a dos médicos, engenheiros, advogados, fisioterapeutas, entre outras.
Tais medidas ratificam a importância dos pequenos e médios negócios como força motriz da economia do país.
Mas como nem só de sonho sobrevive uma grande ideia, os novos empreendedores precisam de orientação para manter-se em um mercado altamente competitivo.
O primeiro passo é definir a atividade principal (aquela que prepondera nas operações da empresa), bem como a secundária. Assim, o empresário deve saber que todo serviço realizado deve condizer com o que determina o contrato social.
Um erro comumente praticado é a confusão que se faz entre atividades da empresa com atividades do sócio, no que diz respeito à movimentação de numerário. Sócio só obtém recursos da empresa se for via retirada de pró-labore ou por distribuição de lucros que devem estar especificados no contrato social, cabendo lembrar que débitos com a previdência oficial impedem a distribuição de lucros aos sócios, sujeitando a empresa a autuações fiscais.
Pagamentos de contas da empresa só podem ser realizados com recursos da empresa, seja via banco, seja via caixa, especialmente quanto a tributos, uma vez que não poderão ser contabilizados em caso contrário.
Contratos celebrados pela empresa, notas fiscais e boletos bancários devem ser mantidos junto aos respectivos comprovantes de pagamento.
A contabilidade deve estar atualizada, em razão das exigências instituídas pela Escrituração Contábil Digital, imposta para alguns regimes de tributação. O futuro é a automatização.
Por fim, e não menos importante, o empresário deve conhecer a carga tributária a que estará sujeito para que possa definir o regime de tributação menos oneroso, uma vez que o peso dos tributos reflete diretamente no preço praticado e na margem de lucratividade, além do fato de assegurar colocação diante da concorrência.
Fonte: Portal do Microempreendedor, Receita Federal e SEBRAE.
Foto: revistapegn.com
Artigo publicado pelo Instituto Millenium - www.imil.org.br
Gazeta do Povo - http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/a-arte-de-empreender-que-provoca-impactos-sociais-8auocgfk9pky4xoik9tuetg7n
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