Economia
O Brasil vive um momento crucial. Desde 2011, a indústria vem registrando queda e o empresariado brasileiro deu sinal de alerta.
A queda do dólar e a consequente valorização do real promoveram a entrada de uma enxurrada da moeda americana no país. Começa, então, uma corrida desenfreada do governo federal na tentativa de reduzir as importações, responsável direto pelo enfraquecimento do setor industrial.
O dólar que, até algum tempo, era o alvo dos exportadores, hoje figura como um grande vilão para a economia brasileira. O crescente aumento das importações traz o desemprego e o interesse pelo produto industrializado no exterior, especialmente aqueles oriundos de países como a China e a Índia que vendem suas mercadorias por preços consideravelmente mais baixos e bastante compensadores.
Segundo estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP, através do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos – DEPECON, “...entre maio de 2010 e junho de 2011 a produção industrial registrou queda de 0,7%, ou -0,04% ao mês... Em junho de 2011, cerca de 74,0% dos 76 subsetores de atividade industrial se encontravam em desaceleração ou retração...”.
Estamos praticamente iniciando o ano e o panorama mostra que dos 14 locais pesquisados entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, nove tiveram queda na produção. Pará e Paraná lideraram o ranking registrando, respectivamente -13,4% e -11,5%, revela pesquisa do IBGE.
A partir daí, uma série de estratégias vem sendo adotadas pelo governo federal, visando á proteção da indústria nacional. Uma delas é a crescente queda da taxa de juros que, em junho de 2011 era de 12,25% e em março de 2012 já atinge o percentual de 9,75%. A iniciativa foi adotada pelo governo para acelerar o setor industrial á medida em que incentiva os investimentos, fazendo circular o dinheiro, especialmente em relação à concessão de crédito e ás operações com ações.
Paralelamente a redução da taxa SELIC, que regula a taxa básica de juros, o Ministério da Fazenda também aumentou, em agosto de 2011, a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras – IOF, incidente sobre os empréstimos contraídos no exterior, bem como sobre o consumo de brasileiros em viagens internacionais realizadas com cartão de crédito. O objetivo é onerar as operações envolvendo o dólar na tentativa de reprimir as importações.
É fato que cada vez mais novas estratégias precisam ser definidas para conter a crise, o que inclui, principalmente, a redução dos tributos que aumentam, e muito, o custo do comprador estrangeiro, bem como dos brasileiros no mercado nacional. É o chamado Custo Brasil.
Pensando no problema, também em agosto de 2011, 4 setores da economia brasileira tiveram redução do INSS patronal sobre a folha de salários que passou dos 20% sobre os salários pagos a 1,5% e 2,5% sobre o faturamento. São eles: têxtil, móveis, tecnologia da informação e calçados, os mais prejudicados pelas importações.
A mudança serviu de base inicial para que o governo avaliasse a necessidade da expansão para outros setores econômicos. É preciso mudar e o cenário mundial está se afunilando cada vez mais e quase obrigando aos governantes a mudar a cara do Brasil. Afinal de contas, não faz o menor sentido que o país seja considerado a sexta economia do mundo e ofereça serviço de país subdesenvolvido.
“..Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria Amada Brasil...”
Francisco Manuel da Silva e Osório Estrada
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Economia
E AGORA? MUDA BRASIL!
O Brasil vive um momento crucial. Desde 2011, a indústria vem registrando queda e o empresariado brasileiro deu sinal de alerta.
A queda do dólar e a consequente valorização do real promoveram a entrada de uma enxurrada da moeda americana no país. Começa, então, uma corrida desenfreada do governo federal na tentativa de reduzir as importações, responsável direto pelo enfraquecimento do setor industrial.
O dólar que, até algum tempo, era o alvo dos exportadores, hoje figura como um grande vilão para a economia brasileira. O crescente aumento das importações traz o desemprego e o interesse pelo produto industrializado no exterior, especialmente aqueles oriundos de países como a China e a Índia que vendem suas mercadorias por preços consideravelmente mais baixos e bastante compensadores.
Segundo estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP, através do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos – DEPECON, “...entre maio de 2010 e junho de 2011 a produção industrial registrou queda de 0,7%, ou -0,04% ao mês... Em junho de 2011, cerca de 74,0% dos 76 subsetores de atividade industrial se encontravam em desaceleração ou retração...”.
Estamos praticamente iniciando o ano e o panorama mostra que dos 14 locais pesquisados entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, nove tiveram queda na produção. Pará e Paraná lideraram o ranking registrando, respectivamente -13,4% e -11,5%, revela pesquisa do IBGE.
A partir daí, uma série de estratégias vem sendo adotadas pelo governo federal, visando á proteção da indústria nacional. Uma delas é a crescente queda da taxa de juros que, em junho de 2011 era de 12,25% e em março de 2012 já atinge o percentual de 9,75%. A iniciativa foi adotada pelo governo para acelerar o setor industrial á medida em que incentiva os investimentos, fazendo circular o dinheiro, especialmente em relação à concessão de crédito e ás operações com ações.
Paralelamente a redução da taxa SELIC, que regula a taxa básica de juros, o Ministério da Fazenda também aumentou, em agosto de 2011, a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras – IOF, incidente sobre os empréstimos contraídos no exterior, bem como sobre o consumo de brasileiros em viagens internacionais realizadas com cartão de crédito. O objetivo é onerar as operações envolvendo o dólar na tentativa de reprimir as importações.
É fato que cada vez mais novas estratégias precisam ser definidas para conter a crise, o que inclui, principalmente, a redução dos tributos que aumentam, e muito, o custo do comprador estrangeiro, bem como dos brasileiros no mercado nacional. É o chamado Custo Brasil.
Pensando no problema, também em agosto de 2011, 4 setores da economia brasileira tiveram redução do INSS patronal sobre a folha de salários que passou dos 20% sobre os salários pagos a 1,5% e 2,5% sobre o faturamento. São eles: têxtil, móveis, tecnologia da informação e calçados, os mais prejudicados pelas importações.
A mudança serviu de base inicial para que o governo avaliasse a necessidade da expansão para outros setores econômicos. É preciso mudar e o cenário mundial está se afunilando cada vez mais e quase obrigando aos governantes a mudar a cara do Brasil. Afinal de contas, não faz o menor sentido que o país seja considerado a sexta economia do mundo e ofereça serviço de país subdesenvolvido.
“..Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria Amada Brasil...”
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