Economia
BRASIL, UM PAÍS DE "QUASE" TODOS NÓS
Brasil, uma conhecida República Federativa, hoje, reconhecida no mundo como a sétima economia do mundo, depois de ter perdido o lugar de sexta, em 2012, para o Reino Unido, conforme divulgação do Fundo Monetário Internacional.
Brasil, um gigante que, depois de muito tempo permaneceu adormecido em “berço esplendido” e que, agora, desperta através de um momento único na história social, econômica e, porque não dizer, política.
Brasil de um povo alegre e conformado que, enfim, se deu conta de que não dá mais pra aceitar sua realidade. Uma realidade de hospitais sem atendimento qualificado, de escolas sem estrutura física, sem ensino de qualidade, de estradas esburacadas, de pedágios caros, de professores e médicos mal pagos, de corrupção vergonhosa, de carga tributária elevada...
Brasil, uma nação que, desde o grito de “independência ou morte” teve sete constituições, cujo modelo foi inspirado na constituição americana, através da qual o sistema de governo vigente é o presidencialismo.
Brasil, de uma Carta Magna conhecida como Constituição Cidadã e que, promulgada em 1988, pôs fim aos governos militares, no momento em que a sociedade brasileira clamava por democracia. A mesma constituição que descentralizou poderes e que concedeu competência legislativa aos estados, Distrito Federal e municípios, mas que contrariamente ao seu objetivo, trouxe a desigualdade social e a má distribuição de renda.
Brasil, de uma carga tributária que arrecadou, em 2012, aproximadamente 1.556.325 trilhão de reais, conforme dados do Impostômetro, o que representa 36,27% de toda riqueza produzida pelo país, mas que “não consegue” fazer cumprir o papel do estado no que diz respeito aos direitos e garantias do cidadão, como moradia, alimentação, saúde, educação...
Essa mesma arrecadação que, entre 2000 e 2010, subtraiu da sociedade, aproximadamente 1,85 trilhão de reais, a título de arrecadação tributária, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, divulgado em março de 2011, hoje, mais do que nunca revolta os brasileiros, especialmente os mais carentes que se veem pressionados pela miséria e a exclusão social. Também é importante ressaltar que, ainda segundo o estudo do IBPT, cada brasileiro desembolsou R$8.230,00 em tributos no ano de 2012.
Brasil que, na teoria é um “país de todos”, mas que se esquece de parte da nação através da pobreza e atraso em que os obriga a viver.
Brasil de governantes que fingem não saber os verdadeiros motivos do clamor da sociedade nos dias de hoje.
Brasil de um povo que surpreende e cujas mídias sociais mostram a gota que faltava para entornar o caldo da revolta e do cansaço por tanto desvio do dinheiro público, promovido pela corrupção, assim como gastos excessivos e injustos por parte do governo.
Brasil que agora mostra sua cara e que, num estalar de dedos, decidiu fazer valer o seu direito pelo produto que paga, o seu bem-estar social.
Brasil que ganha solidariedade do resto do mundo e que mesmo sendo, oficialmente, um país de grandes conquistas nos últimos anos, ainda está longe de ser enquadrado como uma nação de primeiro mundo em razão do atraso em que vive uma grande parcela de seu povo.
Brasil, um país com chances potenciais de progresso, mas que ainda se mantém sem ordem, impedindo crescimento real.
Brasil, o país do carnaval, do futebol, da cerveja, do samba e dos recursos naturais que encanta a qualquer um que passe por aqui, mas cuja sociedade ainda precisa mudar sua cultura. A mesma cultura que desconhece todos os movimentos que interferem diretamente nas decisões do governo, tais quais as últimas manifestações já tão divulgadas por mídias internacionais e que assusta aos investidores internacionais, trazendo reflexos para as bolsas de valores, acontecimento que preocupa a qualquer governo.
Brasileiros, o poder tem origem em todos nós. Nós escolhemos quem nos representa. E quem nos representa deve fazê-lo de forma eficiente. Por isso, vamos mudar nossas atitudes de vender voto, de votar sem compromisso porque os resultados já são vistos á anos luz. Vale dizer que os mesmos parlamentares eleitos pelo povo brasileiro custa ao contribuinte R$11.545,00 por minuto, segundo um estudo divulgado pelo site Transparência Brasil. Questionemos, então, mais um problema social.
Nosso país é nossa casa. E nossa casa é mantida por todos nós através de todos os tributos que pagamos em cada palito que compramos. Então, procuremos conhecer a destinação de nossos “pagamentos”. Porque cada centavo desembolsado, cada exigência do governo através de leis, muitas vezes, distantes de nossa realidade, é financiado por cada brasileiro.
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