Economia
- A "grande Recessão"
Yoshiaki Nakano, ex-secretário da Fazenda do governo Mário Covas (SP), é professor e diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas - FGV/EESP. Escreveu este artigo especialmente para o Valor Econômico de hoje. ...
- Deflação
Desde o início da crise financeira internacional em 2008, os Bancos Centrais das economias desenvolvidas estão empenhados em evitar que a deflação, ou seja, uma queda generalizada de preços, se estabeleça, em decorrência da insuficiência de demanda...
- Coisas Que Incomodam: Crises Financeiras E Bancos Centrais
Por sugestão e motivação do Shikida, no blog de economia mais lido do país, o Degustibus, vale a pena discutir o papel dos bancos centrais no combate à inflação e transferências a bancos ineficientes. Em primeiro lugar, é verdade que recentemente...
- Receitas Para Crises Financeiras: O Caso Subprime
Por Ederson Vieira Grandi Com base no método de análise de Mynski, visto no texto anterior, a fragilidade financeira é a base para uma crise. Ela pode ser originada por dívidas geradas por investimentos efetivados através de financiamentos. Inicia-se...
- Receita Para Crises Financeiras
Um padrão reconhecível nas várias crises financeiras, desde o início do sistema capitalista, é a postura de fragilidade financeira tomada pela maioria dos agentes de uma economia. O padrão foi inicialmente concebido pelo economista Hyman Minski...
Economia
Arrow e a Crise
As crises financeiras, em suas essências, possuem causas muito similares. Os preços dos ativos geralmente estão acima do que realmente valem, existe muita especulação, crédito é obtido de uma forma irresponsável, enfim, é um período de excessos.
Por outro lado, conforme maiores os excessos, maior será o tombo. Os preços obtêm uma queda brusca, o desespero toma conta, a inadimplência predomina.
Foi exatamente o que aconteceu nas diversas crises que assombraram nossos amigos ianques no decorrer das últimas três décadas. Os exemplos são: no final dos anos 80 e início dos 90, com o colapso dos junk bonds (ativos que não são investment grade), no colapso da dot com bubble (ações do setor de informática, mais especificamente de internet) e agora com os subprimes.
Cada uma difere em seus mais diversos detalhes, porém, como já dito, possuem a mesma essência. O que foi aprendido com as crises que precederam a atual? Que sem uma intervenção do Federal Reserve, com seus respectivos instrumentos de política monetária, o problema seria muito mais profundo.
O Fed aprendeu isto em grande parte com a Grande Depressão. Ao não ter agido, no sentido de prover maior liquidez ao sistema e principalmente aos bancos, com o intuito de evitar uma corrida aos bancos, deixou que a crise financeira daquela época ficasse conhecida como a maior de todos os tempos. Com o tempo, foi aprendendo com seus erros sistemáticos e viu que esse approach não era o mais adequado, ou seja, aprendeu fazendo, o learning-by-doing do nobel Kenneth Arrow.
Similarmente a um trabalhador, que se torna mais habilidoso ao desempenhar uma determinada função inúmeras vezes, o Fed aprendeu que quando uma crise financeira ocorrer, ele deve prover liquidez ao mercado, seja tanto na forma de injeções de dólares na economia, diminuindo a taxa de redesconto, ou, nos casos mais graves, diminuir sua taxa básica de juros, os fed funds.
Além da população americana em geral, quem se beneficiou com isto tudo? Os bancos centrais de outros países! Vendo que os efeitos das ações do Fed foram benéficas, eles os “copiaram”.
Portanto, sendo os diretores do Fed extremamente qualificados, e tendo eles aprendido com seus erros, pode-se afirmar que as melhores decisões estão sendo tomadas.
Por outro lado, conforme maiores os excessos, maior será o tombo. Os preços obtêm uma queda brusca, o desespero toma conta, a inadimplência predomina.
Foi exatamente o que aconteceu nas diversas crises que assombraram nossos amigos ianques no decorrer das últimas três décadas. Os exemplos são: no final dos anos 80 e início dos 90, com o colapso dos junk bonds (ativos que não são investment grade), no colapso da dot com bubble (ações do setor de informática, mais especificamente de internet) e agora com os subprimes.
Cada uma difere em seus mais diversos detalhes, porém, como já dito, possuem a mesma essência. O que foi aprendido com as crises que precederam a atual? Que sem uma intervenção do Federal Reserve, com seus respectivos instrumentos de política monetária, o problema seria muito mais profundo.
O Fed aprendeu isto em grande parte com a Grande Depressão. Ao não ter agido, no sentido de prover maior liquidez ao sistema e principalmente aos bancos, com o intuito de evitar uma corrida aos bancos, deixou que a crise financeira daquela época ficasse conhecida como a maior de todos os tempos. Com o tempo, foi aprendendo com seus erros sistemáticos e viu que esse approach não era o mais adequado, ou seja, aprendeu fazendo, o learning-by-doing do nobel Kenneth Arrow.
Similarmente a um trabalhador, que se torna mais habilidoso ao desempenhar uma determinada função inúmeras vezes, o Fed aprendeu que quando uma crise financeira ocorrer, ele deve prover liquidez ao mercado, seja tanto na forma de injeções de dólares na economia, diminuindo a taxa de redesconto, ou, nos casos mais graves, diminuir sua taxa básica de juros, os fed funds.
Além da população americana em geral, quem se beneficiou com isto tudo? Os bancos centrais de outros países! Vendo que os efeitos das ações do Fed foram benéficas, eles os “copiaram”.
Portanto, sendo os diretores do Fed extremamente qualificados, e tendo eles aprendido com seus erros, pode-se afirmar que as melhores decisões estão sendo tomadas.
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Yoshiaki Nakano, ex-secretário da Fazenda do governo Mário Covas (SP), é professor e diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas - FGV/EESP. Escreveu este artigo especialmente para o Valor Econômico de hoje. ...
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Desde o início da crise financeira internacional em 2008, os Bancos Centrais das economias desenvolvidas estão empenhados em evitar que a deflação, ou seja, uma queda generalizada de preços, se estabeleça, em decorrência da insuficiência de demanda...
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