Testando os limites da cretinice - 4
Economia

Testando os limites da cretinice - 4


Fiquei sabendo deste post por um amigo. Normalmente não comento as afirmações do Nassif porque conseguem ser ainda piores do que as do Hegeliano, mas esta aqui amplia, de fato, os limites da cretinice. Vejam que belezinha:

“É importante anotar que a demanda foi puxada especialmente pela FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), que cresceu 16,2% contra 6,7% do consumo das famílias. E também pelas Importações, que cresceram 25,8%. As últimas projeções indicam arrefecimento da atividade industrial. E a apreciação do câmbio deve reduzir a demanda via importações.Ou seja: não há nenhuma motivo, nem pelos dados do PIB, nem pelos dados de inflação, para o Copom continuar aumentando a taxa Selic”

Na primeira frase a demanda é puxada pelas importações, o que já é de uma cretinice ímpar, dado que a importação cresce precisamente para atender a demanda, isto é, ela faz parte da oferta (ou reduz a demanda externa líquida, o que é a mesma coisa). Mas o pior é que, na frase seguinte, as importações reduzem a demanda. Em cinco linhas as importações aumentam e (também) reduzem a demanda.

E a apreciação cambial? A taxa de câmbio veio de um mínimo de 1,5737 no dia 25/jul para 1,785 hoje (10/set), uma desvalorização de 13%. Nem os números estão certos.

E o autor deste conjunto de cretinices se acha no direito de dar uma opinião informada sobre política monetária...



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