Testando os limites da cretinice - 3 (vai longe!)
Economia

Testando os limites da cretinice - 3 (vai longe!)


Alex porque os planos ortodoxos que o Brasil teve nos anos 80 e 90 não funcionaram?O primeiro foi em 1981, quando o FMI chegou aqui e disse que o Brasil estava gastando muito. A solução foi um estúpido corte de gastos e retração da liquidez, a variação real de M1 de 1974 até 1978 foi de 14,8%, em 1979-80 foi de -11,0%, em 1981-83 -5,1% e em 1984, -4,6%.”

O FMI não veio em 1981. Em 1981 a política econômica foi ditada soberanamente pelo ministro Antônio Delfim Neto. A queda do M1 em termos reais não tem nada a ver com a política monetária, mas sim com a redução da demanda por moeda, já que a inflação dobrou em 1979 e 1980 (de cerca de 50% para 100% a.a.). Se você estudar um pouquinho de economia monetária verá que a demanda por moeda cai com a inflação, já que o custo de oportunidade de reter moeda aumenta. Não por acaso a razão M1/PIB havia caído para 1,3% do PIB em 1994 e hoje roda na casa de 7% do PIB. Se fôssemos adotar seu critério para avaliar a política monetária concluiríamos que a política monetária no Brasil foi excessivamente frouxa...

A % do gasto público real em relação ao PIB que havia diminuído de 1971-1973 de 12,3 para 8,1 em 1979-1980, chega a 1981-1983 a 3,5%. O que determina uma retração fiscal realmente forte.”

Não sei de que compêndio de ficção científica você tirou estes dados de gasto público. Queda do gasto entre 1973 e 79? No meio do II PND? Meus números para o período, ainda que incompletos, mostram o gasto apenas com pessoal em 1980 na casa de 8,5% do PIB subindo para 9,5% do PIB em 1982, ano em que o déficit primário atingiu 3% do PIB contra 0,8% do PIB no ano anterior (veja só que retração fiscal forte!).

E a nossa querida inflação, que de 1974 a 1978 foi, em média de 37,8% e em 1979-1980 foi de 93% e em 1981-1983 foi de 129,7%. E chegaria, em 1984, a 223,9%.”

Pois é, deve ser por causa da “forte retração fiscal do período”

Eu também fiz alguns estudos econométricos que comprovam que é possível manter uma mistura entre políticas heterodoxas e ortodoxas. Por exemplo em momentos de liquidez mundial podemos baixar o juros,desvalorizar o cambio e fazer deficits fiscais para estimular o crescimento da economia e das exportações.Em momentos de baixa liquidez mundial podemos valorizar o cambio ajudando no controle da inflação ,evitando um colapso da economia.”

Não precisa nem mostrar os estudos. Dado que você não sabe diferenciar variávies endógenas de exógenas, desconfio que não preciso nem ver seus “estudos econométricos” para saber que os problemas de endogeneidade já comprometeram TODOS seus resultados.

O Brasil já apresenta problemas cambiais.O dólar estava em 1,56 agora já se encontra em 1,62.Essas oscilações aumentam a inflação.O aumento no deficit fiscal pode ser compensado pelo aumento da poupança privada.”

Realmente, a mudança de patamar do dólar foi marcante. De R$ 1,56 para R$ 1,62, o mesmo nível que o câmbio estava em junho e abaixo de todas as observações dos cinco primeiros meses do ano. É sinal inequívoco de crise cambial...



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