Economia
Quando o assunto é a troca de presentes, as opiniões se dividem. Há os que defendem a tese de que carinho e amor podem ser demonstrados a qualquer momento e que certas datas só existem visando comércio. Outros ainda conservam a gentileza e o romantismo, dignos das mais belas histórias medievais.
O fato é que, de um jeito ou de outro, daqui a bem tempo, os brasileiros estarão lotando os shoppings para a escolha do presente da tão sonhada alma gêmea.
É verdade que o romantismo ainda existe e que presentear é a forma mais tradicional de manter aceso o brilho do olhar e a chama do sentimento mais cobiçado pela humanidade: o amor.
Na realidade, não é só o amor da sua vida que está sendo lembrado no dia dos namorados ou em qualquer outra data comemorativa. Quando homenageamos um ente querido, toda a sociedade é beneficiada, ainda que de forma indireta.
Em cada presente está embutida uma cota de contribuição para a qualidade de vida de cada brasileiro e o desenvolvimento da “pátria-amada-Brasil”. Afinal, ainda são poucos os cidadãos que têm conhecimento de que cada um de nós colabora para o sustento dos desempregados do país, bem como financia a saúde pública, mantêm as obras públicas com a construção de estradas, de escolas, hospitais...
A cada satisfação de presentear, o cidadão, ainda que inconscientemente, custeia o desenvolvimento do país, através da cobrança, por parte do comércio, de tributos, tais como o PIS - Programa para a Integração Social, a COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
E não para por aí. Os brasileiros não vêem, mas também contribuem com impostos como o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). Estes, pela característica dos impostos, não têm fins específicos, mas sua arrecadação deve ser revertida em construções de escolas, creches, manutenção de estradas...
Segundo previsão da Receita Federal, o governo estimou que, em 2011, da arrecadação do IR, serão gastos com necessidades sociais R$45.682.508.680,00, sendo que R$28.143.772.720,00 são originados do recolhimento das empresas e R$16.831.945.877,00, do cidadão comum. Para a COFINS, a previsão é o emprego de R$34.617.996.829,00.
O relatório de previsão de gastos tributários dispõe que, “sob a ótica orçamentária, a previsão dos gastos tributários apontou uma concentração de 76% do valor dos gastos em cinco das funções orçamentárias de governo, são elas: Comércio e Serviço com 27,3%; Indústria com 17,4%; Saúde com 11,6%; Trabalho com 11,4%; e Agricultura com 8,2%.”
O documento também relata, preliminarmente, que a renúncia tributária verificada através de benefícios fiscais estaria deixando de promover o desenvolvimento das regiões mais carentes do país. Isso se evidencia, uma vez que as regiões norte e nordeste apresentam um percentual de redução na receita na ordem de 159,5% e 36,2%, respectivamente, enquanto que o sudeste apresentou queda de apenas 13,9%.
Diante dos fatos, uma pergunta fica no ar: Como uma região tão desfavorecida pelo desequilíbrio, provocado pelo sistema tributário, pode contribuir com uma parcela maior do bolo? Porque se evidencia tanto desvio de arrecadação na manutenção de atividades não consideradas relevantes como compra de carros em valores exorbitantes e gastos com consumo visivelmente exacerbados trazidos a público pela mídia?
- Quando A ArrecadaÇÃo Provoca Mal-estar Social
Em tempos de crise e aumento de impostos, cabe esclarecer aos brasileiros a respeito do que seja sistema tributário e arrecadação. O Código Tributário Nacional, aprovado pela Lei 5.172/66, dá forma ao sistema tributário vigente no Brasil. Em linhas...
- Brasil, Uma NaÇÃo Desconhecida Dos Brasileiros
Começa em nove de junho, a obrigatoriedade para que as empresas sejam obrigadas a demonstrar em todas as notas fiscais que emitirem os tributos incidentes sobre as operações com mercadorias e produtos. A iniciativa surgiu com a publicação da Lei...
- Tributos Pesam Nas Conta De Luz
Em tempos de energias renováveis, a velha e tradicional energia elétrica ainda é hospede das mais necessárias das famílias, empresas brasileiras e de todo o planeta. A importância do setor elétrico para a economia brasileira é indiscutível e...
- BaÚ TributÁrio E O Fantasma Da Cpmf
No final de 2010, o termômetro utilizado para quantificar a arrecadação de tributos no país indicou que o cidadão brasileiro já havia contribuído com um trilhão e duzentos bilhões de reais em impostos e contribuições. Bom, como se não bastasse...
- Quanto Custa Convidar Para Um Jantar RomÂntico?
Na semana passada, vivenciamos aquela correria nos shoppings para a compra do presente do dia dos namorados. A imprensa mostrou muito casal romântico planejando homenagear a sua cara metade. Afinal, desde que o mundo é mundo, o amor é lindo. Nessa...
Economia
QUANTO CUSTA O AMOR INCONDICIONAL DOS BRASILEIROS?
Quando o assunto é a troca de presentes, as opiniões se dividem. Há os que defendem a tese de que carinho e amor podem ser demonstrados a qualquer momento e que certas datas só existem visando comércio. Outros ainda conservam a gentileza e o romantismo, dignos das mais belas histórias medievais.
O fato é que, de um jeito ou de outro, daqui a bem tempo, os brasileiros estarão lotando os shoppings para a escolha do presente da tão sonhada alma gêmea.
É verdade que o romantismo ainda existe e que presentear é a forma mais tradicional de manter aceso o brilho do olhar e a chama do sentimento mais cobiçado pela humanidade: o amor.
Na realidade, não é só o amor da sua vida que está sendo lembrado no dia dos namorados ou em qualquer outra data comemorativa. Quando homenageamos um ente querido, toda a sociedade é beneficiada, ainda que de forma indireta.
Em cada presente está embutida uma cota de contribuição para a qualidade de vida de cada brasileiro e o desenvolvimento da “pátria-amada-Brasil”. Afinal, ainda são poucos os cidadãos que têm conhecimento de que cada um de nós colabora para o sustento dos desempregados do país, bem como financia a saúde pública, mantêm as obras públicas com a construção de estradas, de escolas, hospitais...
A cada satisfação de presentear, o cidadão, ainda que inconscientemente, custeia o desenvolvimento do país, através da cobrança, por parte do comércio, de tributos, tais como o PIS - Programa para a Integração Social, a COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
E não para por aí. Os brasileiros não vêem, mas também contribuem com impostos como o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). Estes, pela característica dos impostos, não têm fins específicos, mas sua arrecadação deve ser revertida em construções de escolas, creches, manutenção de estradas...
Segundo previsão da Receita Federal, o governo estimou que, em 2011, da arrecadação do IR, serão gastos com necessidades sociais R$45.682.508.680,00, sendo que R$28.143.772.720,00 são originados do recolhimento das empresas e R$16.831.945.877,00, do cidadão comum. Para a COFINS, a previsão é o emprego de R$34.617.996.829,00.
O relatório de previsão de gastos tributários dispõe que, “sob a ótica orçamentária, a previsão dos gastos tributários apontou uma concentração de 76% do valor dos gastos em cinco das funções orçamentárias de governo, são elas: Comércio e Serviço com 27,3%; Indústria com 17,4%; Saúde com 11,6%; Trabalho com 11,4%; e Agricultura com 8,2%.”
O documento também relata, preliminarmente, que a renúncia tributária verificada através de benefícios fiscais estaria deixando de promover o desenvolvimento das regiões mais carentes do país. Isso se evidencia, uma vez que as regiões norte e nordeste apresentam um percentual de redução na receita na ordem de 159,5% e 36,2%, respectivamente, enquanto que o sudeste apresentou queda de apenas 13,9%.
Diante dos fatos, uma pergunta fica no ar: Como uma região tão desfavorecida pelo desequilíbrio, provocado pelo sistema tributário, pode contribuir com uma parcela maior do bolo? Porque se evidencia tanto desvio de arrecadação na manutenção de atividades não consideradas relevantes como compra de carros em valores exorbitantes e gastos com consumo visivelmente exacerbados trazidos a público pela mídia?
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Em tempos de crise e aumento de impostos, cabe esclarecer aos brasileiros a respeito do que seja sistema tributário e arrecadação. O Código Tributário Nacional, aprovado pela Lei 5.172/66, dá forma ao sistema tributário vigente no Brasil. Em linhas...
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Em tempos de energias renováveis, a velha e tradicional energia elétrica ainda é hospede das mais necessárias das famílias, empresas brasileiras e de todo o planeta. A importância do setor elétrico para a economia brasileira é indiscutível e...
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