2002 - 2010: SALDO FAVORÁVEL PARA LULA.
Economia

2002 - 2010: SALDO FAVORÁVEL PARA LULA.


Editorial na primeira página da FOLHA DE S. PAULO deste domingo, 19/12/2010, faz um balanço do governo do presidente LULA e demonstra que o resultado foi favorável. Prestes a encerrar seus oito anos de mandato, o presidente Lula apresentou quarta-feira um extenso balanço da gestão. Como era de esperar, o relato contém abundantes autoelogios, algumas fantasias e nenhuma autocrítica. No entanto, ao observador isento o exame dos resultados durante os dois governos consecutivos indica um saldo muito favorável. Político intuitivo, Lula descartou a tentação do manejo demagógico da economia. Manteve a política econômica responsável iniciada por seu antecessor e colheu os frutos dessa sábia decisão. No período, a economia cresceu 37,3% (média anual de 4%). As exportações do país mais do que triplicaram. A inflação caiu de 12,5% para 5,6% ao ano. A taxa básica de juros reais também cedeu, de 15% para 6%. O desemprego foi reduzido pela metade. A dívida externa foi paga. Seu governo foi beneficiado, é verdade, por um contexto internacional favorável. Apesar da crise financeira de 2009, o formidável dinamismo da China puxou o crescimento das principais economias emergentes, que nestes oito anos se expandiram até mais do que o Brasil. Ainda assim notável, o progresso obtido não é imune a críticas. Lula não soube aproveitar a imensa popularidade acumulada para promover reformas que tornassem a economia mais competitiva e o Estado mais eficiente. Impondo à sociedade uma carga tributária superior a um terço do Produto Interno Bruto, o Estado presta serviços em educação, saúde e infraestrutura que, apesar de avanços, continuam a ostentar má qualidade. Houve uma incrustação maciça de militantes na máquina federal, bastando ressaltar nesse sentido que os cargos de confiança aumentaram 50%. Quanto aos costumes políticos, o desempenho foi deplorável. Para garantir hegemonia no Congresso, o governo utilizou expedientes escusos sob evidente beneplácito presidencial. O mais notório dos escândalos, o mensalão -revelado pela Folha em junho de 2005-, foi a ponta visível de um iceberg de ilegalidades impunes. A política externa foi orientada pelo elogiável intento de ampliar a autonomia do país e sua influência no mundo. Sua consecução, porém, pecou por desnecessária proximidade com autocracias como Cuba e Irã e pela complacência para com outros violadores de direitos humanos. Tais ressalvas não empanam o maior êxito do governo Lula, expresso numa relevante melhora nas condições de vida dos mais pobres. Isso deveu-se ao próprio crescimento econômico, mas também à expansão dos programas de transferência de renda, do crédito popular e do aumento real no salário mínimo. Em resultado, o estrato mais carente da população, aquele que recebe até R$ 140 mensais per capita, diminuiu de 33,3% do total em 2001 para 15,5% em 2008. Apesar das ressalvas, o presidente Lula deixa o governo como estadista democrático que honrou boa parte dos compromissos assumidos numa trajetória épica.



loading...

- Brasil 2010: EleiÇÃo Sem EducaÇÃo.
A jovem democracia brasileira festejou em 03/10/2010 eleições gerais para presidente da república, dois senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Após uma campanha onde as propostas dos candidatos deram lugar a discussões estéreis,...

- Brasil 2010: EleiÇÃo Sem EducaÇÃo.
A jovem democracia brasileira festejou em 03/10/2010 eleições gerais para presidente da república, dois senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Após uma campanha onde as propostas dos candidatos deram lugar a discussões estéreis,...

- Brasil: 2,92% X 2,9% Do Pib Mundial.
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS 75, advogado, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio, escreveu na FOLHA DE S....

- Crédito E Inadimplência Em Sergipe
Ricardo Lacerda Em artigo publicado no domingo passado na Folha de São Paulo, intitulado “A história e seus ardis. O lulismo posto à prova em 2010”,o jornalista e professor de ciências políticas da USP, André Singer, sintetiza o tripé de medidas...

- Economia Brasileira
Quando um governo atrapalha o País  JOSÉ SERRA - O Estado de S.Paulo "... A fragilidade não está apenas na presidente, que raramente consegue falar durante cinco minutos algo que faça sentido, tenha começo, meio e fim, com conteúdo e coerência......



Economia








.