BRASIL 2010: ELEIÇÃO SEM EDUCAÇÃO.
Economia

BRASIL 2010: ELEIÇÃO SEM EDUCAÇÃO.


A jovem democracia brasileira festejou em 03/10/2010 eleições gerais para presidente da república, dois senadores, deputados federais, estaduais e distritais. Após uma campanha onde as propostas dos candidatos deram lugar a discussões estéreis, o eleitor foi constrangido a votar em candidatos fabricados pelo marketing político, ao invés de fazer sua escolha por ideias e por planos de governo realistas.
Um total de quase 136 milhões de eleitores votou em seus candidatos e um segundo turno não esperado pelo governo afinal realizou-se, onde a candidata governista Dilma Rousseff (PT) obteve 46,91% dos votos válidos, tendo agora que enfrentar o oposicionista José Serra (PSDB) e seus 32,61% de votos. A sociedade brasileira espera agora que os graves problemas que existem no Brasil sejam afinal debatidos e enfrentados pelo vencedor ou vencedora na eleição que ocorrerá no próximo dia 31/10/2010.
Na realidade, favorecida pela enorme popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelos bons resultados apresentados nas pesquisas eleitorais, a campanha da concorrente Dilma Rousseff de certa maneira sentiu-se vencedora antecipadamente à abertura das urnas e não observou o crescimento da aspirante presidencial Marina Silva (PV), o que levou um enorme número de jovens eleitores, defensores do meio ambiente e de crescimento com sustentabilidade a sufragarem seu nome nas urnas. Em longa entrevista publicada na última edição da The Economist, o próprio presidente Lula disse que acreditava na vitória de Dilma Rousseff e que a mesma surpreenderá o mundo quando chegar ao poder.
Herdeiro e mantenedor da política econômica do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula surfou durante o período de 2002 a 2010 nos bons ventos da economia mundial, conservando políticas que atenuaram no país os efeitos da crise mundial de 2008. E para melhorar ainda mais os números da contabilidade nacional, consegue passar para a população que o Brasil encontra-se com total equilíbrio em suas contas, quando, pelo contrário, os gastos do governo aumentaram de 14% em 2003 para 18% em 2009, em proporção do PIB, o que está colaborando para o aumento da dívida pública e um déficit nas transações correntes para 2010 de quase US$ 50 bilhões.
O mundo real é muito diferente da visão desejada pelo governo, apesar dos avanços sociais que a sociedade brasileira conseguiu nestes últimos 16 anos. No entanto, como escreveu Claudio de Moura e Castro, especialista em educação, “a péssima qualidade da educação é marca registrada do Brasil desde sempre.” Como um país deseja pertencer ao primeiro mundo, se entre suas universidades nenhuma figura na lista das melhores do mundo? A educação é o principal problema da sociedade brasileira e enquanto os governos de ontem e hoje não tiverem isso como a meta principal a ser atingida, teremos um grande país, um dos maiores mercados de consumo do mundo, porém uma população que tem um dos maiores índices de desigualdade do mundo, onde temos regiões com padrão nórdico e outras quase haitianas. Será que os nossos candidatos terão vontade política de colocar a educação como a sua principal bandeira de campanha?




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