Economia
O paradoxo de Delfim Netto.
Hoje na FOLHA DE S. PAULO, Delfim Netto alerta que a situação é difícil. E, com certeza, isso ele já falou para a Presidente Dilma.
Diante do constrangedor resultado do IBC-Br, que
procura antecipar as variações do PIB que serão anunciadas pelo IBGE, a grande
maioria dos analistas financeiros está revendo para baixo as estimativas para o
crescimento de 2013 e 2014. Alguns mais afoitos já sugerem que a economia
brasileira teria entrado numa recessão "técnica" --dois trimestres
consecutivos de crescimento negativo--, o que só se verificará quando aquele
órgão divulgar os seus números.
De qualquer forma, a
situação é difícil. Apesar das recentes indicações amistosas do governo
federal com relação à organização da economia por meio dos "mercados"
e o seu respeito aos contratos, o comportamento de algumas agências aparelhadas
com "companheiros de passeata" e a ação oportunista de governos
estaduais e municipais têm prejudicado fortemente e retardado que o setor
privado empresarial lhe dê um amplo voto de confiança. A visita da presidente
Dilma ao Fórum de Davos em janeiro e a que deverá fazer à Comunidade Europeia,
inserem-se nesse esforço.
O restabelecimento da confiança
entre o poder incumbente e a sociedade empresarial é condição necessária para
que qualquer política fiscal, monetária e cambial produza os resultados
esperados. Não devemos esquecer que a presidente tem a confiança da sociedade
não empresarial, como revelam as pesquisas de opinião.
É fato empírico que ajustes "expansionistas"
só têm sucesso quando a constrição do Estado pela política fiscal tem tal
credibilidade que desperta e liberta rapidamente o "espírito animal"
do empresário privado, nacional e estrangeiro, pela mudança das
"expectativas" que produz. À medida em que o investimento privado
murcha por qualquer motivo, mas especialmente quando isso ocorre pelas
incertezas introduzidas pelo próprio comportamento do governo revelado em sua
ação, ele pode durante algum tempo ser substituído pelo investimento publico. O
governo logo descobrirá que não pode fazê-lo impunemente por muito tempo,
porque os desequilíbrios se manifestam na redução do crescimento, no aumento
das tensões inflacionárias e do deficit em conta corrente.
Sem a recuperação da confiança que libertará o
"espírito animal" do empresário privado para substituir, com
investimento mais produtivo, a demanda pública, o ajuste fiscal que vamos ter
de fazer para construir um ambiente saudável será, certamente,
"recessivo" e socialmente muito mais custoso. Esse é o paradoxo: sem
a preliminar recuperação da confiança, a correção da situação de baixo
crescimento que nos assombra exigirá um longo interregno de crescimento menor
ainda! Sem essa correção, os desequilíbrios continuarão a crescer e o PIB, a
patinar.
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Delfim Netto E A Economia Brasileira.
O economista Antonio Delfim Netto, hoje, na FOLHA DE S. PAULO. Leia a seguir trechos da entrevista.
Folha - Qual é a sua avaliação sobre o
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Antonio Delfim Netto - O ajuste
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O Ajuste De Delfim Netto.
Leio na FOLHA DE S. PAULO mais um artigo do Mestre Delfim Netto.
A economia brasileira encontra-se numa situação desagradável, mas
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Dívida/pib.
Hoje, na FOLHA, Delfim Netto.
Pesquisas
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Gustavo Franco, hoje
no ESTADÃO. A conferir:
É claro que dá para
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anos de recessão para...
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Keynes E Keynesianos.
Direto da FOLHA DE S. PAULO, os conselhos de Delfim Netto.Os problemas fiscais dos EUA e da Eurolândia só podem ser resolvidos com a volta do crescimento. O fundamental é que este não se faça aprofundando-os ainda mais. Quando se recomenda que as...
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