'Esse negócio vai acabar muito mal. Só não sabemos quando e onde'
Para gestor, desfecho da crise europeia causará grande perda de riqueza no mundo
25 de dezembro de 2011 | 3h 04
Leandro Modé - O Estado de S.Paulo
O semblante tranquilo engana. Luís Stuhlberger, considerado um dos melhores gestores de recursos do Brasil, está preocupado com o desfecho da crise global. "Esse negócio vai acabar muito mal. Nós só não sabemos onde nem como. Porque não há precedentes, não há previsibilidade", afirma, em entrevista exclusiva ao Estado.
Stuhlberger conquistou sua reputação principalmente por causa do trabalho à frente dos fundos da família Verde, destaque de rentabilidade na empresa criada e administrada por ele, a Hedging-Griffo (desde 2006, Credit Suisse Hedging-Griffo, após a venda de metade do capital para o banco suíço). Neste ano, o fundo rendeu pouco acima do CDI, taxa de juros de referência no mercado financeiro. "Num ano em que a bolsa cai tudo isso (mais de 15%), a gente está no CDI. Acho que meu papel está ok. Nossos clientes estão felizes."
A análise de Stuhlberger sobre o Brasil é dividida em duas partes. No curto prazo, afirma, tudo vai bem. "Mas há sinais de que algo está errado. Imóvel está caro, nosso Big Mac é o mais caro do mundo, nosso Corolla é o mais caro do mundo, a nossa arte está ficando a mais cara do mundo", exemplifica. "Nada disso surpreende a presidente Dilma (Rousseff). O duro é, dentro desse sistema político que vivemos, consertar." A seguir, os principais trechos da entrevista, dividida por tópicos:
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Stuhlberger conquistou sua reputação principalmente por causa do trabalho à frente dos fundos da família Verde, destaque de rentabilidade na empresa criada e administrada por ele, a Hedging-Griffo (desde 2006, Credit Suisse Hedging-Griffo, após a venda de metade do capital para o banco suíço). Neste ano, o fundo rendeu pouco acima do CDI, taxa de juros de referência no mercado financeiro. "Num ano em que a bolsa cai tudo isso (mais de 15%), a gente está no CDI. Acho que meu papel está ok. Nossos clientes estão felizes."
A análise de Stuhlberger sobre o Brasil é dividida em duas partes. No curto prazo, afirma, tudo vai bem. "Mas há sinais de que algo está errado. Imóvel está caro, nosso Big Mac é o mais caro do mundo, nosso Corolla é o mais caro do mundo, a nossa arte está ficando a mais cara do mundo", exemplifica. "Nada disso surpreende a presidente Dilma (Rousseff). O duro é, dentro desse sistema político que vivemos, consertar." A seguir, os principais trechos da entrevista, dividida por tópicos:
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