Matar um pode dar liberdade a muitos?
Economia

Matar um pode dar liberdade a muitos?


Recentemente um ministro alemão, Wolfgang Schäuble, sofreu uma tentativa de assassinato. O povo alemão então passou a questionar o fato de um ataque terrorista estar por vir, e mais, disseram que um ataque nuclear destes terroristas é apenas uma questão de tempo. O ministro da defesa falou que se um avião comercial fosse usado como projétil ele o derrubaria, contrariando as regras previstas pelo Tribunal Constitucional. Até onde vai a liberdade das pessoas? É a pergunta que surge disso.

Temos visto, recentemente também, o presidente do Irã dando declarações polêmicas sobre essa questão de armas nucleares. Sabemos que o cara é louco, portanto, liberar, seria uma ameaça. Isso só fez surgir com ainda mais força o debate acerca deste tema. Começarei, pois, falar sobre a afirmação abaixo:

The duty to respect human dignity is absolute,
so the state may not kill some to protect others,
said the court.

Que quer dizer que o dever de respeitas as pessoas é aboluto e que não devemos matar alguém para protejer outros. Não sou a favor, claro, de sair matando pessoas, mas afirmar que matar um criminoso não é correto eu discordo, dependendo da circunstância (colocação importante para não acharem que eu sou o novo Bin Laden). Uma pessoa que opte por este estilo de vida, que vê graça no que é terminantemente proibido, e com isso acaba limitando a liberdade das pessoas, e que não será corrigido por mecanismos pacíficos, tem direitos sim! Este cara tem direito de ir para a cadeia e nunca mais sair de lá. Não há como garantir a total segurança das pessoas, o dever do Estado é, então, protejer ao máximo. Maximizar a função Defesa da população.

Acontece que em algumas situações surge a necessidade mais forte e iminente de tomar uma atitude contra um meliante, algumas vezes, esta chega a ser até a morte. Uma pessoa que está infringindo a liberdade de muitas outras tem de saber dos riscos de se tomar essas atitudes. Saber que se ele reagir quando mandado parar (talvez com uma arma na cabeça) isso pode lhe custar a vida. Neste caso não há assimetria de informação, o que é o mesmo que dizer que ele sabe que pode morrer, e eu não acho errado este morrer no lugar de um inocente. Então, em algumas circunstâncias, o Estado deve sim permitir a morte de uns pela segurança dos demais, como já dito, em casos extremos.

Fato como este aconteceu aqui perto da minha casa em Porto Alegre. Onde na fuga de um assalto dois bandidos foram mortos num tiroteio com policiais. Tudo bem que os predner pode ser uma das soluções mais óbvias, daqueles que adoram adiar um problema ao invés de solucioná-lo. Matar pessoas não é legal, todos sabemos disso e eu concordo. Mas às vezes algumas atitutes são necessárias, como neste caso, e a atitute da polícia não foi errada. Se algo não fosse feito imediatamente pessoas pagariam por isso, pessoas que não fizeram nada de errado (se o cara traía a mulher dai já é outro departamento). Esse foi o preço pago por ter uma vida medíocre, almejar maiores montantes de dinheiro sem desejar trabalhar. Achar certo roubar de quem tem "mais" pois esta pessoa nã sentirá muita falta. O meliante pára e pensa: O meu benefício ao adquirir um bem de forma ilícita é maior do que o custo desta perda de uma pessoa numa camada social mais elevada, sendo assim, estou promovendo bem-estar na comunidade, pois temos um superávit. Claro que pensam assim, não devemos subestimar essas mentes brilhantes.

Eles acabam com a liberdade de muitos e o governo ainda corrobora com a idéia. Aonde vamos parar? Lembrando que eu analisei uma frase, talvez se fôssemos contextualizar o que disseram eles considerariam o mesmo que eu numa situação extrema. Mas como não temos como saber disso, parto apenas daquela frase, desconsiderando o que pode ter a mais envolvido. É apenas uma das "hipóteses simplificadoras" da idéia. Finalizando, como diria Milton Friedman:

"A society that puts equality before freedom will get neither. A society that puts freedom before equality will get a high degree of both."

Portanto, se o sujeito quer igualdade ao tirar de quem tem mais, ele deve saber, e não só ele, que a liberdade é mais importante, e vem antes, além do que sem ela não teremos nem uma nem outra. Não à energia nuclear aos iranianos!



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