Reconhecemos visualmente as coisas - caras ou palavras - no seu conjunto ou pelas partes? Denis Pelli da New York University e Bart Farell da Syracuse University responderam a esta questão num artigo publicado na revista Nature, "The Remarkable Inefficiency of Word Recognition". Usando o exemplo de letras e palavras, os investigadores mostraram que lemos através da detecção de coisas simples, letra a letra e não palavra a palavra. Isto torna o reconhecimento das palavras muito ineficiente. Veja-se a imagem de cima: ambas as citações apresentam o mesmo contraste total de energia. Na primeira, a energia é dividida igualmente em todas as palavras, tornando todas as letras identificáveis igual e independentemente. Na segunda citação a energia é dividida igualmente por todas as palavras, independentemente do seu comprimento. Em princípio, para um dado nível de ruído, a detectabilidade de um padrão conhecido depende apenas da sua energia, portanto palavras de igual energia deveriam ser igualmente visíveis, mas na realidade as palavras mais pequenas sobressaiem e as mais longas desaparecem. Isto mostra que os leitores humanos não podem integrar eficientemente a energia ao longo de toda uma palavra. Em vez disso, a palavra é identificável apenas quando as suas letras forem independentemente identificáveis. As frases citadas são: "In the beginning was the Word" … "And the light shineth in darkness". Artigo da NYU Press Releases. |