Mantega: aumento nos gastos "quebra o Estado" |
Autor(es): Lino Rodrigues |
O Globo - 05/07/2012 |
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez duras críticas ontem a propostas de aumento de gastos por parte do Congresso, como o reajuste dos servidores, o fim do fator previdenciário e a elevação do patamar mínimo de investimento em educação de 5% para 10% do PIB. Segundo ele, medidas como essas põem "em risco a solidez fiscal" e podem "quebrar o Estado".
Ministro critica projetos em tramitação no Congresso e diz que despesas não podem ser elevadas "de forma intempestiva"GASTOS PÚBLICOS SÃO PAULO . O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou ontem projetos em tramitação no Congresso que, segundo ele, põem em risco as contas públicas e podem quebrar o Estado. Ele citou o Plano Nacional de Educação (PNE), que eleva as despesas com educação para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos cinco anos e para 10% a partir do sexto ano; os aumentos de salários dos servidores públicos federais, que vão afetar a folha de pagamento da União; e a extinção do fator previdenciário. - Sempre nos deparamos com riscos de que o Parlamento aprove determinadas medidas que aumentem os custos de uma hora para outra, em magnitude extraordinária, o que põe em risco a solidez fiscal que conquistamos a muito custo. Isso (o aumento dos gastos) não vai beneficiar a educação, mas quebrar o Estado brasileiro - disse o ministro, durante encontro com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Mais |