Ditados populares na mídia
Economia

Ditados populares na mídia


Saiu uma reportagem no jornal Valor Econômico (jornal de economia mais relevante do país) falando sobre os ditados populares que usam teoria econômica para explicá-los. Cabe ressaltar que um dos colaboradores desse blog participou desse projeto, o Diego no caso, bem como outros alunos da UFRGS. Uma mostra de que quando as coisas são bem feitas há reconhecimento.

Segue abaixo a reportagem:

Um jeito divertido de ensinar economia

Olga de Mello, para o Valor, do Rio
03/01/2008


Divulgação
Marilyn: música que cantou em filme é usada para explicar a teoria dos jogos

Tirar a economia do campo teórico e trazê-la para as questões cotidianas, tornando-a um elemento real para os leigos no assunto, foi o desafio proposto pelo professor Adolfo Sachsida, da Universidade Católica de Brasília, a estudantes e especialistas no tema, que analisaram provérbios e expressões populares à luz da teoria econômica. O resultado está no e-book "Em Terra de Cego, Quem Tem um Olho é Rei: Usando Teoria Econômica para Explicar Ditados Populares" (o download é grátis no endereço http://gustibusgustibus.files.wordpress.com/2007/11/ditadosnov2007.pdf), que apresenta noções de economia, como teoria dos jogos, escolha pública, consistência dinâmica, tamanho do Estado e vantagens comparativas em 25 artigos de diferentes autores.

Sem muita reverência ao "economês", os autores aproveitam a sabedoria popular expressa em ditados - entre eles "De cavalo dado não se olham os dentes", "O trabalho engrandece o homem" e "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando" - para discorrer sobre conceitos econômicos. Um dos mais divertidos - e extensos - capítulos do livro trata da expressão "Diamonds Are a Girl's Best Friend" ("Diamantes são os melhores amigos de uma garota", canção interpretada por Marilyn Monroe no filme "Os Homens Preferem as Louras"), que serve para Renato Orozco, especialista em economia política internacional, demonstrar como a teoria dos jogos funciona.

Mais conciso, Cláudio Shikida, professor do Ibmec de Minas, diz que o provérbio "Atirou no que viu, matou o que não viu" sempre lhe vem à mente ao conhecer alguma nova tentativa de proteção de setores da economia, o que, se por um lado restringe a concorrência, por outro pode impedir a queda de preços que elevaria o acesso de consumidores e, conseqüentemente, aumentaria a arrecadação de impostos, já que haveria maior de produção de bens. Seria um caso em que o consumidor sofre conseqüências não intencionais de ações intencionais, dentro da concepção de Frederic Bastiat.

Já o organizador da seleção, Adolfo Sachsida, escolheu a frase "Faz a fama e deita na cama" para tratar da falta de competitividade que ele vê na economia brasileira. Sachsida comenta que a acomodação pode levar a perdas consideráveis, lembrando que a IBM sofreu um baque na década de 1980 por não haver percebido as possibilidades de crescimento do mercado de microcomputadores domésticos. No pólo inverso está a Microsoft, que mantém o domínio do setor buscando a renovação constante de seus produtos.

A irregularidade pontua a coletânea de textos. Alguns são bem-humoradas lições de economia, outros fogem à temática dos provérbios escolhidos para dedicar muitas linhas de críticas à política econômica.




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