Economia
Dica do Mankiw: os economistas favoritos dos economistas
O artigo completo está aqui. O aperitivo está nos gráficos abaixo: pré-século XX, século XX, mas já falecidos, vivos acima de 60 e vivos abaixo de 60. Clique nos gráficos para aumentá-los.
Minhas escolhas seriam: David Ricardo, Paul Samuelson, George Akerlof e Paul Krugman.
P.S. Fiquei devendo uma explicação (escrevi meio na correria, mas agora acabei de liberar um comentário em que o autor - Anônimo - explicou suas escolhas e me bateu certa culpa pela preguiça).
1) Ricardo: óbvio que Smith foi o fundador da disciplina e quem teve a sacada da "mão invisível", mas, para mim, Ricardo foi quem primeiro mostrou as possibilidades analíticas da Economia. Quase tudo que ele escreveu pode ser traduzido na forma de modelos. Para mim, ele mostrou a caminho. (David Hume também tem uma belíssima análise do balanço de pagamentos que o Obstfeld ainda mantinha no seu "reader" quando estudei com ele há quase 20 anos)
2) Samuelson: eu li Keynes (incompreensível, ainda que reconheça a dificuldade que enfrentou por abrir um campo totalmente novo), algumas coisas do Friedman (excelentes, como a teoria da função consumo, o papel da política monetária, o positivismo na economia), e Schumpeter (mais o TDE que o Business Cycle - este último chato). Admiro todos (e também o Tobin e o Hicks, ambos brilhantes). Isto dito, quem deu forma à economia no século passado, praticamente sozinho, foi o Paul Samuelson. Quase não há campo na teoria em que ele não tenha dado alguma contribuição relevante: micro, macro, comércio, crescimento. Falou bobagem às vezes? Sim, como os demais e como todos nós, mas, mais que qualquer um, é o pai da economia que estudamos hoje.
3) Akerlof: talvez a escolha mais difícil de justificar, mesmo porque eu balancei entre vários nomes. Não tem nem o que falar do Arrow, mas, sinceramente, as coisas dele não são muito minha praia. Acho o Lucas fenomenal como economista, outro cara que, quase sozinho, deu nova face à macro, etc, mas ainda tenho restrições a algumas das suas conclusões. Becker é interessante, mas também nunca entrei muito a fundo no trabalho dele. Gosto muito das coisas do Solow (e do senso de humor, sem dúvida) também. Porém, acredito que tanto a gama como o alcance do trabalho do Akerlof são mais interessantes. Seja na questão das implicações de informação assimétrica, seja na exploração dos microfundamentos da economia keynesiana e pela coragem e seriedade com que ousa sair da disciplina, sem a postura babaca do Stiglitz.
4) Krugman: quem acompanha o blog sabe que eu quero ser o Paul Krugman quando crescer. Não o blogueiro (embora acompanhe e goste do blog, sem concordar 100%), mas o economista capaz de - com meia dúzia de equações - ir à raiz de um problema até então insolúvel e tirar daquilo sacadas com que nem sonhávamos. Ninguém faz nada parecido.
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