Delírio orçamental
Economia

Delírio orçamental



Eis, de novo, o suspense orçamental. Por onde seguirá o governo: pela via do "inevitável" aumento de impostos, considerado imprescindivel por metade dos economistas, e "indesejável mas inevitável" pela outra metade ? Ou cumprirá Sócrates a promessa de manter o "estado social", fazendo crescer as receitas pelo lado da oferta ?

Sei que as promessas de Sócrates cheiram a utopia, desejável mas irrealizável. Mas o facto é que a via do aumento de impostos e das "medidas difíceis" já leva uns anitos de aplicação (essa é que é essa) sem resultados estruturais e duráveis.

Por momentos tive um delírio, imaginei, por escassos segundos, que Sócrates seria capaz de o fazer. Começaria por afrontar a União dizendo que a política de correcção dos desequilíbrios estruturais teria de ser de longa duração - 8 a 10 anos - e que nos primeiros 4 ou 5 o défice terá de subir, para depois descer sustentavelmente a caminho do superavit.

Iniciaria depois um pocesso de intrapreneurship público, começando a transformar diversos serviços e institutos públicos em empresas privadas, com apoios aos funcionários que estivessem dispostos a arriscar o emprego em tais iniciativas. O objectivo dessas empresas seria o fornecimento de serviços, actualmente públicos, mas privatizáveis num curto prazo, criando um mercado para tais empresas.

A alternativa, para os funcionários de tais serviços que não queiram fazer a transição para o privado, seria a reforma antecipada forçada e em condições penalizadoras. A lógica de tudo isto seria: como uma parte dos serviços públicos tem obrigatoriamente de deixar de pesar no orçamento, mais vale esta transição suave do que um colapso, de consequências mais graves para os próprios funcionários.



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