O Economist tem on-line um artigo sobre as consequências económicas do furacão Katrina: "Oil and troubled waters". É certamente cedo para avaliar os efeitos da catástrofe, mas a interrupção da produção das refinarias daquela zona - que estavam a trabalhar em pleno para fazer face à crescente procura - já levou à mobilização das reservas estratégicas e o presidente americano anunciou a possibilidade de racionamento da gasolina. O efeito sobre o preço do petróleo é inevitável. Como lembra o artigo, em catástrofes deste tipo a destruição de habitações e infraestruturas costuma ser compensado pelo esforço de reconstrução. Mas o padrão desta catástrofe apresenta importantes diferenças. O número de mortos pode ser muito elevado, como tem referido o mayor de Nova Orleães, e pode aumentar nos próximos dias. Basta referir que até ao momento os helicópteros só conseguiram resgatar 5.500 pessoas, e poderão estar ainda outras 50 mil retidas em edifícios e abrigos cercados pela água. A falta de comida, água e medicamentos, associada ao stresse, pode matar as pessoas mais fragilizadas. Outa consequênca económica virá da infraestrutura de transportes, já que aquela zona dos EUA é a porta de saída para muitas das exportações americanas. E a diminuição das suas próprias importações pod etambém vir a prejudicar outros países. Existe ainda o efeito psicológico: a sensação de impotência por parte da maior potência económica mundial pode afectar de muitos modos a economia global. |