Economia
A última do Professor Costa Oreiro
Assim falou o acadêmico da UNB:
“Nenhum defensor da tese de desindustrialização afirma que o progresso técnico só pode ocorrer na indústria, mas sim que a indústria é a principal fonte do progresso técnico !!!! Acredito que a validade dessa afirmação é tão óbvia que não exige sequer esforço adicional de comprovação empírica. Se os autores do artigo em consideração pensam o contrário, cabe a eles o ônus da prova.”Aparentemente o ilustre professor não sabe que desde o final da Segunda Guerra Mundial, a produtividade na agricultura nos países desenvolvidos tem crescido consideravelmente mais rápido do que no setor manufatureiro. Segundo o livro do historiador Paul Bairoch, entre 1950 e 1990, a produtividade nos países desenvolvidos ocidentais cresceu 5.4-5.6% na agricultura e 3.4-3.6% na indústria (Bairoch “Economics and World History” 1993, pp.151). Portanto, o argumento que a indústria é a principal fonte do progresso técnico é duvidoso e deve ser qualificado com bastante cuidado.
O mesmo acontece nos países não-avançados que exportam alimentos (exemplo: Brasil, Chile) há algumas décadas... Se o professor tiver alguma dúvida, consulte os dados... Ou então o World Development Report de 2008.
“No final do artigo os professores Ferreira e Frageli afirmam que o Brasil precisa se preocupar não com a indústria, mas com a baixa produtividade do setor de serviços. Os professores da FGV deveriam se perguntar se a baixa produtividade do setor de serviços em comparação com a observada nos países desenvolvidos não seria a prova contundente de que no Brasil a indústria ainda não cumpriu o seu papel histórico de modernização da estrutura produtiva, de tal forma que a redução da sua importância na economia brasileira não só é precoce, como principalmente negativa.”Prova contundente? O quê? Pelo que entendi, o professor está argumentando que a baixa produtividade do setor de serviços se deve à indústria não ter “cumprido o seu papel histórico de modernização da estrutura produtiva”?!? De que raios de país o ‘professor’ está falando?
Primeiro, o Brasil que eu conheço é um dos países com estrutura produtiva mais diversificada do mundo - como seria de se esperar sendo um país grande. Era mais diversificada ainda nos anos oitenta, devido a políticas implementadas pela ditadura militar explicitamente desenhadas para aprofundar esta diversificação, com consequências funestas para o nosso desenvolvimento, como todos nós sabemos.
Segundo, mesmo que não fosse o Brasil um país de estrutura produtiva altamente diversificada, não vejo conexão alguma entre a produvidade no setor de serviços e a tal diversidade da estrutura produtiva.
Como o texto na foto deixa claro, este é o Keith do Magical Enterprises, não o Professor Costa Oreiro da Magical Heterodoxies.
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