Economia
A S&P validou a irracionalidade
A Standard &; Poor's validou sentimentos de um mercado que está com sintomas de pânico e validou as comparações abusivas entre Portugal e a Grécia ao anunciar a degradação do 'rating' de Portugal no mesmo dia em que o fez para a Grécia.
O 'rating' da Grécia passou de BBB+ para BB+. Os títulos da dívida pública da Grécia são agora "junk bonds",
O risco da República portuguesa é agora "A- com oulook negativo", depois da última mudança ( "A+ com outlook negativo") ter ocorrido a 7 de Dezembro de 2009.
O que mudou de fundamental em Portugal e no ambiente em que se move desde 7 de Dezembro de 2009:
Pela positiva
1 - Foi aprovado o Orçamento do Estado para 2010 com medidas de redução do défice público
2 - Foi aprovado e validado por Bruxelas o Programa de Estabilidade e Crescimento que consagra medidas de aumento de impostos e redução das despesas que mais têm crescido, as sociais;
3 - O ambiente político ficou mais claro: a nova liderança do PSD não pretende deixar cair o Governo este ano;
Pela negativa:
1 - Ainda há poucas medidas do PEC concretizadas e uma das que pode dar mais receita fiscal, a redução das deduções à colecta, merece a oposição do PSD;
2 - Os investidores financeiros estão a fugir da dívida pública portuguesa em montantes que estão a fazer baixar significativamente as cotações (e por isso a aumentar as taxas de juro) na sequência de análises e opiniões emitidas por jornais e economistas norte-americanos que compararam Portugal à Grécia.
De tudo o que aconteceu o que fez a S&P?
Valorizou os comportamentos, as teses e as análises dos investidores e dos analistas norte-americanos e desprezou todas as medidas adoptadas pro Portugal.
Com estas ajudas os investidores financeiros passam de facto a acertar nas suas previsões, grandes profetas das desgraças com a ajuda de quem tem medo de errar de novo.
As agências de 'rating' estão cada vez mais prisioneiras dos mercados e a contribuir cada vez para a instabilidade e não para a informação mais perfeita e rigorosa, razão da sua criação e existência.
As razões apontadas pela S&P podem ser lidas aqui. Dizendo que a razão é económica dá-nos ainda mais razões para reforçar a ideia de que segue os mercados financeiros: o problema de crescimento económico português está detectado há, pelo menos, mais de um ano.
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