Economia



Vitor Constâncio no Congresso dos Economistas: os mercados financeiros ainda se conseguem controlar, agora os computadores é que é mais difícil (nem com uma mãozinha da Ordem...)

Do congresso retive esta frase de Hernâni Lopes: «Quando há dinheiro fácil não há desenvolvimento, há aviltamento». E também a ternura com que o economista chinês Patrick Huen se dirigiu ao seu amigo e anfitrião, tratando-o por "doctor Nabo".

No geral:
  • excelentes sessões plenárias e mesas redondas — não tanto Manuel Pinho, que comparou o nosso percurso recente às epopeias nórdicas e se proclamou o herói da reestruturação da base produtiva ("stick to the plan", prometeu ele); foi pena Vitor Constâncio não ter tido tempo para falar sobre este domínio.
  • fracas sessões "paralelas" de apresentação de comunicações, com vários oradores a faltar à chamada: será que enviam as comunicações só para os respectivos nomes constarem do programa? Se for assim, também quero.
  • ainda não foi desta que os economistas portugueses chegaram a acordo sobre a carga fiscal: a maioria é a favor da baixa (para dar impulso às empresas e cortar a "mesada" com que o Estado alimenta os vícios), mas Vitor Constâncio é que não deixa.
  • sobre o Congresso pairou o anúncio governamental da previsão para o défice deste ano. No geral as reacções foram: "Sim, mas..." Não sei se o anúncio foi programado para coincidir com o Congresso, mas o timing foi excelente. Miguel Cadilhe falou no "fantasma do antigo Pacto": o governo a tentar cumprir a outrance a meta dos 3%, penalizando desnecessariamente a economia real e desaproveitando a flexibilidade proporcionada pelo novo PEC. Tanto Miguel Cadilhe como Rui Trindade (autor de uma comunicação sobre o produto potencial) asseguraram que Portugal poderia invocar a cláusula de "recessão grave".



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