Morre Chávez, descanse em paz
Economia

Morre Chávez, descanse em paz


Hugo Chávez, o valentão participante de um golpe militar fracassado nos anos 1990, eleito presidente com uma bandeira de lei e ordem, para depois se transformar em um populista clássico da vertente ‘idiota latino-americano’, foi um dos políticos mais daninhos da história recente da América Latina. 

Sua estratégia para se manter no poder seguia algumas das principais lições castristas: um regime de exceção pode se perpetuar se conseguir exilar os intelectuais, os empreendedores, os inconformistas e os não-vagabundos do país. Quando entendeu que o principal obstáculo a seu projeto de governar por várias décadas era a classe média e os empreendedores, não economizou esforços para destruir a classe média de seu país. Para assustar os judeus, mandou tropas de choque invadirem com metralhadoras a creche judaica em Caracas. Para assustar os empreendedores, ameaçava expropriar e expropriava. Para assustar os servidores públicos, mandava publicar listas de eleitores opositores ao regime e cobrava juras de fidelidade à ‘revolução’. Para assustar a classe média em geral, dava de ombros com os altos níveis de violência e criminalidade em seu país. Para controlar os principais focos de poder, fez pouco caso da destruição da capacidade produtiva da petroleira estatal, PDVSA, aparelhada por batalhões de petralhas. Para deixar claro a todos que liberdades individuais e democracia eram valores repelentes para ele, Chávez nunca mediu esforços para ajudar a ditadura castrista usando o erário, e uma coleção de outros ditadores além-mar receberam ao menos apoio diplomático, de Assad a Mugabe. 

No âmbito da economia, também fracassou monumentalmente. Apesar de grande alta nos preços de petróleo (fora eleito em parte devido à crise que seu país passava com a baixa do petróleo em fins dos 1990s), não conseguiu expandir produção nem poupar parte significativa dos ganhos com a alta. A economia venezuelana durante todo seu governo não conseguiu escapar da inflação alta nem cresceu rapidamente. De 1998 até 2012, a economia venezuelana cresceu 3 por cento ao ano, enquanto Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru cresceram entre 4.1 e 5.8 por cento ao ano (dados do IMF/WEO de outubro de 2012, variável PIB per capita PPP). 

 Por essa ficha corrida, descanse em paz.



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