Variação nos termos de troca e taxa de crescimento do PIB no Brasil
Economia

Variação nos termos de troca e taxa de crescimento do PIB no Brasil



Nas análises sobre crescimento, convém ter sempre em mente o alerta de Easterly, Kremer, Pritchett e Summers (1993):

"Com algumas poucas e famosas exceções, os mesmos países não são bem sucedidos período após período; os países costumam ser 'histórias de sucesso', em um período, e fracassos, no período seguinte".

Easterly, Kremer, Pritchett e Summers  (1993) sugerem que boa parte desta variância das taxas de crescimento pode ser explicada por choques relacionados com os termos de troca. Quando variáveis medindo tais choques são acrescentadas a equações de crescimento do tipo Barro, elas apresetam um elevado poder explicativo. O fato de que estes choques apresentam, eles próprios, uma persistência reduzida é apontado como uma evidência a mais de sua relevância para a explicação das (também pouco persistentes) taxas de crescimento.

O gráfico acima mostra a estreita conexão entre a variação nos termos de troca e a taxa de crescimento do PIB no Brasil, durante o período 1995/2011. O coeficiente de correlação simples entre as duas variáveis é 0,71. A regressão sugere que um aumento de 10% nos termos de troca está associado a um aumento absoluto de 2,5 pontos percentuais na taxa de crescimento do PIB.

O índice dos termos de troca com o exterior se elevou em 36,7%, entre 2004 e 2011, e certamente contribuiu para a aceleração do crescimento, verificada naqueles anos. Estes ganhos, entretanto, provavelmente tenderão doravante a ser revertidos, pelo menos em parte.


Referência: Easterly, W.; M. Kremer; L. Pritchett e L. Summers (1993). Good policy or good luck? Country growth performance and temporary shocks, Journal of Monetary Economics 32, p. 459-483.



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