São frases "blindadas".
Feitas para agüentar qualquer solavanco.
Ao longo dos anos, elas mantêm a integridade da mensagem mesmo sob mudanças econômicas profundas. A realidade econômica muda, mas certas colocações feitas há tempos ainda permanecem atuais.
Simonsen foi um mestre em cunhar frases deste tipo. Por ele e por nós, vamos à elas:
Sobre a previdência social: "O governo precisa deixar claro que há um conflito de interesses entre os aposentados e a sociedade, para buscar uma solução". (22/01/92).
Sobre justiça: "É preciso não confundir democracia com tolerância com ilegalidade e impunidade" (07/02/90) e "Uma sociedade na qual algumas leis pegam, outras não, pode pretender tudo, menos constituir uma nação organizada". (04/03/92).
Sobre abertura econômica: "O objetivo da abertura do comércio exterior não é conter ou baixar preços, mas aumentar a eficiência da economia. A abertura comercial beneficia a maioria das indústrias instaladas no país e só sucateia o que já era sucata". (07/02/90).
Sobre partidos e Congresso: "Partido? Conta outra piada. Quem manda realmente no Congresso são as corporações. Este é mais um fruto da Carta de 1988". (26/04/1995).
Sobre a abertura comercial: "A abertura comercial beneficia a maioria das indústrias instaladas no país e só sucateia o que já era sucata". (07/02/90).
Sobre a democracia: "Com efeito, a democracia foi inventada para limitar o poder discricionário dos governantes, não para transformá-los em magos, já que o Estado que funciona bem é exatamente aquele que dispensa os homens providenciais. Não há homens providenciais". (13/05/92)
"É preciso não confundir democracia e tolerância com ilegalidade e impunidade". (07/02/90).
Sobre o Congresso: "Quem manda realmente no Congresso são as corporações. Este é mais um fruto da Carta de 1988". (26/04/1995).
Não é muito difícil discordar do Simonsen?