Autor(es): Por Monica Izaguirre | De Brasília |
Valor Econômico - 14/11/2012 |
A carga tributária brasileira está muito acima da média latino-americana e bem perto da dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Medida como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010, a receita total de tributos no Brasil superou a de 17 de 34 países da OCDE, entre eles Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Espanha, Suíça e Estados Unidos. Essa é uma das conclusões da última edição do relatório "Estatísticas sobre Receita na América Latina", publicação da organização, do Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat) e da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal). Divulgado ontem, o documento mostra que, no ano retrasado, a relação média não ponderada entre arrecadação tributária e PIB foi de 19,4% para 15 países latino-americanos selecionados, entre eles o Brasil, e de 33,8% no âmbito da OCDE. No caso brasileiro, as receitas tributárias dos governos consumiram 32,2% do PIB. Na América Latina, o Brasil só ficou atrás da Argentina, primeira do ranking, com 33,5%, ainda mais perto da média da OCDE em 2010. Por causa de diferenças metodológicas, o número não é igual ao da carga tributária bruta divulgada pela Receita Federal para 2010 (33,56%), ainda mais alto. A carga é mais pesada no Brasil do que no resto da América Latina principalmente por causa de tributos indiretos. O relatório aponta que a carga tributária brasileira avançou, em duas décadas, menos que a média latino-americana, embora mais que a dos países da OCDE. Fonte |