Previsões do FMI - World Economic Outlook (WEO)
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Previsões do FMI - World Economic Outlook (WEO)


De acordo com as projecções do WEO o crescimento mundial registou uma desaceleração ao longo do ano de 2010 (de 5 1/4% no primeiro semestre para 3 3/4% no segundo semestre) que reflectirá o ciclo normal de stocks, considerando o FMI que o crescimento se tornou mais auto-sustentado, continuando, no entanto, a existir um marcado contraste entre, por um lado, a recuperação lenta nas economias mais avançadas (EUA, Zona Euro e Japão) onde o desemprego permanece em níveis elevados e, por outro lado,
as economias emergentes que tem registado um crescimento robusto e que têm taxas de desemprego realtivamente baixas.

No que respeita às perspectivas para 2011 e 2012, prevê-se que o PIB mundial aumente 4,4% em 2011 e 4,5% em 2012, mantendo-se este contraste entre as economias avançadas (para as quais se prevê um crescimento de 2,4% em 2011 e 2,6% em 2012) e as economias emergentes (6,5% em 2011 e 2012).

No relatório chama-se a ateñção para a subida dos preços das matérias primas que regressaram rapidamente aos níveis elevados de 2008, devido a factores estruturais (relacionados com o rápido crescimento da actividade das economias emergentes) e conjunturais (relacionados com a evolução da produção de petróleo dos países da OPEP e com a instabilidade política no Médio Oriente e Norte de África. O que está a gerar/acentuar os desequilíbrios entre as economias importadoras e exportadoras de bens primárias constitui um dos factores que explica o ressurgimento da inflação que se está a verificar especialmente nas economias emergentes onde o FMI identifica sinais de um possível sobreaquecimento referindo naquele que quanto a mim será um dos parágrafos mais importantes do relatório que "Growth in these [emerging] economies could surprise on the upside in the short term because of relatively loose macroeconomic policies (...), but medium-term risks are to the downside" e que poderão levar a "tighter cyclical conditions in emerging market economies than assumed in the WEO projections. Under this scenario, higher interest rates, weaker future income growth, and the impact of fiscal adjustment correct excesses that have built up during the boom phase but at the price of a global economic bust, including a large drop in commodity prices. Global imbalances between advanced economies and emerging Asia would widen again under such a scenario, while imbalances involving commodity exporters would diminish."

Do ponto de vista das respostas de política económica adequadas às circunstâncias actuais, nomeadamente nos EUA e zona euro, o FMI defende que existe espaço para a manutenção de taxas de juro a níveis muito baixos e a necessidade de medidas de consolidação orçamental que reestabeleçam a sustentatibilidade das finanças públicas.



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