Economia
Portugal BIAL
A BIAL, empresa cimeira daquele que é reconhecido como o maior grupo farmacêutico português, celebra no próximo dia 19 de Abril o seu 86º aniversário de actividade, numa vida já longa mas sempre centrada no “sonho” de estar continuamente ao serviço da Saúde.
Em particular ao longo das últimas décadas, sob a liderança de Luís Portela – neto do fundador -, a empresa tem-se assumido como um referencial de qualidade, de inovação e de responsabilidade social, evidenciando um protagonismo que ultrapassa em larga escala as fronteiras do sector em que actua ou da região em que se encontra implantada.
Neste particular, será obviamente uma visão redutora associar às suas modernas instalações da Trofa ou às delegações nacionais em Coimbra ou Lisboa, uma empresa que tem feito uma forte aposta na internacionalização e que distribui os seus produtos em mais de 30 países da Europa, América, África e Ásia.
Aliás, como a própria empresa assume, o principal objectivo desta estratégia é “permitir o desenvolvimento autónomo e sustentado de projectos que incluam não só a componente industrial, mas também a área de investigação de novos produtos - vertentes apenas possíveis através da presença directa em mercados com dimensão”.
Esta prioridade atribuída à componente da inovação tem, na empresa, várias outras ilustrações que vão desde a circunstância de dispor de um Centro de Investigação & Desenvolvimento único no nosso Pais, ao facto de reunir na sua equipa de colaboradores várias dezenas de investigadores internacionais, numa luta incessante pela manutenção de um posicionamento de vanguarda na investigação científica e empresarial do sector.
A título ilustrativo, para um valor de facturação próximo dos 150 milhões de Euros em 2009, a Empresa canalizou cerca de 20% (perto de 30 milhões de Euros) para a área da I&D, não como um acto isolado mas como corolário de uma estratégia consistente que já produz resultados de sucesso.
Assim, acaba de ficar disponível nas farmácias portuguesas o primeiro fármaco de patente nacional, o antiepiléctico Zebiniz, que tem como princípio activo o acetato eslicarbazepina e cuja venda nos países europeus, com excepção de Portugal, decorre no âmbito de um acordo estabelecido entre a BIAL e a multinacional Eisai.
A breve trecho, a comercialização do acetato de eslicarbazepina nos mercados dos Estados Unidos e Canadá, terá também lugar ao abrigo de um acordo de licenciamento exclusivo com a empresa Sepracor.
Note-se que o lançamento deste produto nos mercados mundiais seguiu-se a 14 anos de investigação e a investimentos na ordem dos 300 milhões de euros, consubstanciando uma nova esperança para adultos com crises epilépticas parciais.
O retorno está agora à vista, perspectivando-se que este medicamento possa assumir rapidamente a maior fatia do volume de facturação da empresa no conjunto dos mercados em que se encontra presente.
No plano da responsabilidade social, foi criada em 1994 a Fundação Bial, uma entidade que tem como objectivo primordial “o incentivo do estudo científico do Homem, tanto do ponto de vista físico como espiritual, distinguindo, apoiando e promovendo o trabalho e o esforço de todos aqueles que procuram trilhar novos passos no caminho da Investigação, da Ciência e do Conhecimento”.
Entre outras iniciativas, esta Fundação que conta com os altos patrocínios do Presidente da República, do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e da Ordem dos Médicos leva a efeito a atribuição do Prémio Bial, de cariz bianual, cujo valor ascende aos 320 mil Euros, e a oferta de Bolsas de Investigação Científica, que já contemplaram centenas de investigadores na área da Saúde, dos mais diversos países.
Como nota final, refira-se ainda o envolvimento particular da Empresa e do seu responsável máximo na criação do Health Cluster Portugal – o pólo de competitividade da Saúde.
Por todas estas razões, é fácil perceber que quando se traçam inúmeros diagnósticos e se definem metas para o desenvolvimento económico do nosso País, o Portugal BIAL é o retrato fiel do Portugal ideal.
Mas esse não é um País que se consiga por Decreto, nem por mera vontade dos decisores do Governo. O que o torna mais raro e valioso, por se assumir como a demonstração cabal de que podemos resistir ao nosso próprio fatalismo e de que estamos sempre a tempo de lançar novas caravelas à descoberta de um futuro melhor.
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