Peter Drucker faleceu na passada 6ª feira, aos 95 anos. Nascera em 1909 em Vienna e estudou naquele país e em Inglaterra. Doutorou-se em legislação pública e internacional ao mesmo tempo que trabalhava como jornalista em Frankfurt, na Alemanha. Trabalhou depois como economista num banco internacional, em Londres. Foi para os EUA em 1937 e iniciou uma carreira docente como professor de política e filosofia no Bennington College; durante mais de 20 anos foi professor de gestão na "Graduate Business School" da Universidade de Nova Iorque
Em 1943, Peter Drucker, então professor de Filosofia, foi convidado por Minding the Planet:
«Para mim representa um estranho sentimento ajustar-me a este falecimento, apesar de, na sua idade de 95 anos, não ser totalmente inesperado. O meu avô era o pilar central da família e era uma grande inspiração pessoal e profissional para mim, bem como para incontáveis outras pessoas em todo o mundo que estudaram com ele, leram os seus livros e com ele trabalharam ao longo dos anos. Viveu uma vida lendária, fundou o campo da ciência da administração, ajudou a definir a moderna empresa, originou o conceito de "trabalhador do conhecimento" e escreveu mais de 30 livros.
«Era também um professor, historiador, economista e teórico social. No seus tempos livres, por divertimento, para além de ler enciclopédias, biografias, histórias e todo o corpus literário da civilização ocidental (várias vezes), colecionava e estudava as pinturas Zen Japonesas e Chinesas, tendo-se mesmo tornado professor de arte japonesa. Adicionalmente, também devotava muito tempo e energia a trabalhar para instituições sem fins lucrativos, governos, organizações não governamentais e religiosas.
«As minhas recordações dele são de longas caminhadas, em miúdo, pelas montanhas, discutindo história, filosofia, negócios e o futuro da civilização. Foi a pessoa que me ensinou como adivinhar o futuro a partir do passado, e a analisar a natureza de sistemas de todos os tipos. Embora eu não estivesse à altura da sua memória fotográfica e vasto conhecimento, pude aprender com ele padrões e abordagens que me serviram em tudo o que tenho feito.
«Também recordarei o sentimento que emanava da sua casa onde, no meio do imaginário minimalista das pinturas Japonesas e Chinesas que coleccionava, e montes sobre montes de livros, havia sempre a sensação palpável de estarmos na presença de um sábio. À medida que eu cresci e ele se tornou mais famoso, recordo que sempre que o visitava havia um constante fluxo de lideres que o vinham visitar, entrevistar ou simplesmente pedir-lhe conselhos. Era verdadeiramente um guru.»
Referências na blogosfera:Minding the Planet Gestão em Movimento Rascunho Digital
Outras referências: Drucker Archives Uma dívida pessoal - Gurus online entrevista de Jorge Nascimento Rodrigues Blomberg.com NewsWeek |
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