Milton Friedman
Economia

Milton Friedman



Ao que parece, o menino Milton Friedman fez ontem 93 aninhos. É obra. Quando eu andava na universidade havia por lá um verdadeiro ódio ao economista da escola de Chicago, o papa do monetarismo - corrente teórica que, por essa época, começava a levar o keynesianismo ao tapete. Anos mais tarde vi-o durante semanas num programa de televisão a propagandear os benefícios da economia de mercado, estilo banha-da-cobra: num dos programas foi a Hong-Kong, filmou os arranha-céus e disse: estão a ver, aqui, onde há capitalismo, temos riqueza e liberdade, enquanto que ali ao lado, na China comunista, não há uma coisa nem outra. "O Carl Sagan é muito melhor do que este tipo", pensei eu.

Milton Friedman ganhou o Nobel de 1976, "pelas suas descobertas no campo da análise do consumo, história e teoria monetária e pela sua demonstração da complexidade das políticas de estabilização".

Ainda assim, o seu texto de que eu gosto mais é "The Methodology of Positive Economics", de 1953, onde fez a surpreendente afirmação de que, para a teoria económica, o realismo das hipóteses não é relevante; aliás, quanto mais irrealistas as hipóteses, mais elas poderiam, eventualmente, ser abrangentes. O que estava em causa na teoria económica, segundo Friedman, era o desenvolvimento de instrumentos de previsão. Simplicidade e capacidade preditiva, era o que se pedia à teoria - e eu concordo. O realismo das hipóteses - ainda hoje um argumento recorrente dos críticos da economia neo-clássica - tem um carácter subjectivo que só pode contribuir para dar uma natureza normativa à teoria, retirando-lhe, por isso, qualquer valor científico.

Friedman, aquando da criação do euro, sentenciou que era "um enorme erro", que causaria turbulência em vários países europeus durante os anos seguintes. Pois quanto à capacidade preditiva, estamos conversados.

Uma biografia de Friedman pelo próprio pode ser lida aqui. E, se querem oferecer uma prenda a vós próprios, copiem e leiam "The Methodology of Positive Economics", um texto clássico da teoria económica.



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