Integrating the poor countries into the world trading system - texto explicativo - parte 1
Economia

Integrating the poor countries into the world trading system - texto explicativo - parte 1


Com a disponibilização para download de textos via arquivo PDF no site do FMI (gratuitamente), aproveito a oportunidade para fazer uma abordagem sintetizada do que foi tratado no texto: Integrating the poor countries in the world trading system. Se for de curiosidade dos leitores desse blog, o originial pode ser acessado através do link: (http://www.imf.org/external/pubs/cat/longres.cfm?sk=18143.0). A análise é feita respeitando as subdivisões existentes no trabalho original.
Prefácio
Até a realização da primeira rodada de negociações multilaterais - Rodada Uruguai, em 1986 - o comércio estava centralizado em nações desenvolvidas, as quais tinham herdado uma supremacia posterior à Segunda Guerra Mundial, e suportada por acordos comerciais. Quando a rodada acabou, em 1994, a decadente instituição GATT(Acordo Geral em Comércio e Tarifas) foi substituída pela WTO (Organização Mundial do Comércio), demonstrando uma nova postura a ser seguida por todos os países integrantes da rede de comercialização de bens e mercadorias (como a abertura dos mercados dos países desenvolvidos à entrada de produtos básicos dos países subdesenvolvidos e o compromisso do afastamento da estrutura altamente subsidiada e tarifada de países como o Brasil, Índia e China).
Em 2001, encetou-se a Rodada Doha, que tem como objetivo a expansão do comércio de manufaturas e de serviços pelos países componentes da WTO. Ela está ainda em andamento, entretanto, não conseguiu resolver o principal empecilho existente: os subsídios dos países desenvolvidos no tocante à agricultura (O Brasil está sendo um dos debatedores, o que me entristece particularmente, pois demonstra a falta de vontade política de nosso país lançar mão das commodities e buscar o desenvolvimento na alta tecnologia).
Comércio, crescimento e redução da pobreza
Através de estudos, verificou-se de que existe a tendência à igualdade dos níveis de renda em países que compartilham de instituições, moedas e políticas fiscais semelhantes (como a União Européia). Isso é em parte explicado pois, com essa dita convergência, ocorre uma transferência de conhecimento, além de promover a competição entre as partes inseridas no processo (pena que não ocorre no Mercosul esse fenômeno).
Comércio é um importante determinante do crescimento
Se a abertura comercial tem um liame diretamente proporcional ao nível de crescimento, seria simples afirmar que, com a desistência das tarifas alfandegárias, os países obteriam grandes vantagens no longo prazo. Para alguns países, como a China, que usa de ferramentas como a desvalorização cambial, protecionismo nas transferências de divisas, qualquer mudança seria profundamente sentida. Existem, outrossim, barreiras "burras", como se registra no Brasil: problemas de greves nas receitas federais e exigências incongruentes para a importação de produtos selecionados (solicitação de LI - licença de importação).
Dentro de várias sitações, como de obras de Jagdish Bhagwati e Armeane Choksi, constata-se a existência de diversas consequências negativas para um país que insiste na proteção de seu mercado, como a queda do PIB e do saldo comercial, visto que impede o surgimento de economias de escala, o movimento de eficiência perante à competição internacional e a importação de bens de capital, que são responsáveis diretamente pelo aumento da produtividade total dos fatores (TFP).
O comércio é um complemento de outras reformas
A abertura do comércio, normalmente, acarreta em outras reformas, tais como: estabilidade macroecômica, livre flutuação interna de preços, mudança no sistema cambial, liberalização do fluxo de capitais e reformas previdênciárias. Claro que, não é uma relação totalmente lógica e consecutiva, como podemos ver no Brasil (a atitude do BC na questão da compra de dólares é um exemplo e tem como consequência prejuízos consistentes). Pelo menos, se as reservas fossem convertidas em investimento logo após terem sido adquiridas - como acontece na China - , ainda poderíamos compreender como uma estratégia inteligente, contudo, não é o caso.
Crescimento reduz a pobreza
De 1978 a 1998, a proporção da população extremamente pobre caiu de 38% para 19%, mesmo considerando que, em números absolutos, não foi um resultado tão significativo (de 1,4 bilhão para 1 bilhão), por causa do crescimento populacional. Os exemplos usados para comprovar esse decréscimo foram a Índia e a China (não vou salientar dados aqui). Novamente, usa-se o argumento da liberalização dos mercados como a fórmula mágica do crescimento, mesmo com a dificuldade no que diz respeito à distribuição de renda.
OBS: na próxima semana, a segunda parte desse trabalho. Muitas novidades ainda nesse ano, como a adesão de colunistas para postagens no meio da semana, contribuindo para o crescimento da conscientização de todos no que diz respeito à economia.



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