Economia
Euro-discordâncias
E-bonds would end the crisis é o título do artigo, no Financial Times, escrito por Jean-Claude Juncker - primeiro-ministro do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo - e Giulio Tremonti - ministro das Finanças italiano.
Claro que os países financeiramente disciplinados já disseram "não" à ideia de fazer emissões de Eurobonds ou Obrigações Europeias, reagindo de maneiras diferentes à entrada da reunião dos ministros das Finanças do Euro que está a decorrer hoje.
“We’ve come here to decide what we prepared Sunday a week ago. We don’t need to have new debates every week. I think we’ve prepared the necessary decisions.” - a reacção do ministro das Finanças Wolfgang Schaeuble reportada pela Bloomberg
“Countries committed to economic discipline that do the hard work and maintain stability” shouldn’t be forced to subsidize the fiscally weak, assim disse o ministro das Finanças austríaco Josef Proell , refectindo bem o que pensam os países financeiramente disciplinados sobre a ideia das emissões de dívida europeia.
Vale a pena ler este artigo da Bloomberg
Estamos perante um problema que vai assumindo proporções cada vez maiores:
- O BCE não quer continuar a comprar dívida e apenas concordou em continuar a fazê-lo numa decisão que não mereceu unanimidade- durante a semana passada comprou 1965 milhões de euros que garante estar a esterelizar .
- A Alemanha não quer reforçar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) nem quer avançar para uma medida mais estrutural como a emissão de Obrigações Europeias;
- Estes países endividados, por razões diferentes, como a Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália - os GIPSI - a que os analistas vão juntando outros como a Bélgica, quanto mais medidas de austeridade aplicam mais reforçam a perspectiva de que não serão capazes de satisfazer os compromissos com a dívida, no mínimo a de curto prazo, devido aos efeitos recessivos das medidas.
- Toda a gente sabe que o FEEF chegará para Portugal mas já não chega para Espanha.
A União Europeia - e não apenas o euro - vive um dos mais preocupantes momentos da sua história.
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