EDUCAÇÃO, ARTE E TRABALHO QUE PROVOCAM IMPACTO SOCIAL
Economia

EDUCAÇÃO, ARTE E TRABALHO QUE PROVOCAM IMPACTO SOCIAL


A luta dos profissionais de educação é antiga e, mesmo com o término da greve que durou mais de dois meses, tanto na rede estadual quanto na rede municipal, ainda não atingiu um patamar satisfatório para a classe.

A classe reivindica a implementação de um Plano Nacional de Educação - PNE e um plano de carreiras e salários condizentes com a responsabilidade de educar e formar cidadãos que governarão o Brasil em algum tempo.

A situação se manteve tensa em todos os momentos e culminou com a intervenção do Supremo Tribunal Federal que, intermediou o retorno da classe ao trabalho e sacramentou o acordo firmado entre o governo e o sindicato.

A greve terminou, mas a luta continua e mostra a gravidade do problema no sistema educacional brasileiro: De um lado os profissionais reivindicando melhores condições para atuar no magistério, por outro, os estudantes que se veem prejudicados em seu direito mais básico: a educação.

Conforme divulgado no site www.futura.org.br, apenas cinco dos vinte e sete estados brasileiros cumprem o piso salarial dos professores na íntegra. Isso é uma vergonha para um país tido como a sétima economia do mundo.

Um estudo realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE identificou que, entre os anos de 2000 e 2010, “... o governo brasileiro investiu em média US$ 2.964 (aproximadamente R$ 6,6 mil) por estudante em 2010, contra US$ 8.382 (cerca de R$ 18,8 mil) nos países da OCDE...”.

O nível de investimento público do Brasil na educação em 2010 foi igual ao da Áustria, superior ao dos EUA (5,1% do PIB) e comparável com o da França (5,8%) e o da Grã-Bretanha (5,9%), mas ficou longe dos primeiros países da lista da OCDE. A Dinamarca dedicou 7,6% de seu PIB ao setor, a Noruega, 7,5% e a Islândia, 7%.

A educação superior recebeu a maior parcela de gastos no Brasil ─ US$ 13.137 por estudante, mais que a média dos países da OCDE, de US$ 11.383, e mais que os US$ 12.112 dos Estados Unidos, onde 31% dos investimentos em educação são de fonte privada.

Por outro lado, os investimentos brasileiros em educação primária e secundária foram muito inferiores aos dos países ricos ─ US$ 2.653 por estudante, comparado com US$ 8.412 nos países da OCDE e US$ 11.859 nos EUA...”

Diante dos números apresentados pela pesquisa, podemos perceber que a base da educação não tem prioridade no desenvolvimento do Brasil o que é um grande problema dado o novo estilo de vida do brasileiro que vem ganhando longevidade e, cuja, educação merece ênfase porque são os jovens de hoje, os governantes do futuro.

Segundo a União Nacional dos Estudantes – UNE, é imprescindível investir mais no setor. Dez por cento é o patamar previsto no PNE para sanar o problema com a criação de assistência estudantil e investimentos em boas universidades, desde que o produto dos royalties do petróleo seja revertido para o sistema educacional brasileiro, conforme declara o de Daniel Iliescu, presidente da entidade no site www.une.org.br.

Ratificando a posição da UNE, pesquisa realizada pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), classificou o Brasil em penúltimo lugar no ranking mundial em educação, na comparação com quarenta países, na qual considerou resultados de notas de testes e qualidade de professores. Os governos mais bem colocados foram os da Finlândia, Coreia do Sul e Honk Kong.

Não é difícil perceber duas classes muito prejudicadas. De um lado os estudantes que precisam se preparar para encanar o mercado de trabalho, cuja consequência é o desenvolvimento humano, economia desenvolvida e erradicação da fome e da pobreza. Do outro lado, os professores, cuja missão tem o peso da formação do cidadão.

Tanta é a preocupação, que tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei no 2.607/11. A proposta tem como objetivo isentar do imposto de renda os vencimentos dos professores da rede pública do ensino superior, médio, fundamental e infantil.

Para o autor do projeto, o Deputado Felipe Bornier, “educação é arte e trabalho de grande impacto social”. Além disso, a desoneração incentiva cada vez mais profissionais a ingressarem no magistério, uma profissão sacrificante que exige horário integral de quem o exerce.

Definitivamente, o Brasil atravessa um momento em que precisa definir se vai decolar ou não. Vivemos em uma época de transformações no mundo. Crises financeiras internacionais, desvalorização de moeda, carga tributária elevada e falta de infraestrutura são alguns dos pontos frágeis da “Pátria amada, Brasil”.

Cabe aos governantes um nível de seriedade maior nas políticas públicas, assim como cabe aos brasileiros conhecer seus direitos e repensar suas escolhas.

Foto: Microsoft



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