Ao prestar depoimento em delação premiada, o diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, que cumpre prisão domiciliar em sua casa de São Paulo, informou que a empresa pagou pouco mais de R$ 100 milhões em propinas para obter contratos de obras na usina de Belo Monte, segundo O GLOBO mostrou no último dia 6 de março. De acordo com Avancini, o valor foi dividido entre PT e PMDB: cada um dos partidos teria abocanhado 1% do valor dos contratos da empreiteira. A obra está estimada em pelo menos R$ 19 bilhões. A usina está em andamento no Sul do Pará.
A informação, segundo fontes ligadas à negociação da empreiteira com o Ministério Público Federal (MPF) de Curitiba, foi fundamental para fechar a delação premiada de Avancini. O executivo contou detalhes do esquema que funcionava em Belo Monte, e, só então, os procuradores aceitaram fazer acordo com o empresário.
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