Economia, Imperialismo e Drogas
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Economia, Imperialismo e Drogas



O Imperialismo da Economia define-se como a convicção de que o núcleo central da Economia – a teoria da escolha – é, em princípio, aplicável a todo o comportamento humano. Por exemplo: economistas (como Gary Becker) explicando fenómenos como a descriminação racial, o crime ou o casamento, por aplicação da teoria económica.

Será isto sequer um problema? A Antropologia e a Sociologia também podem explicar as “compras” feitas por um consumidor num qualquer centro comercial. A divisão da realidade em “disciplinas” é puramente artificial, por isso não é de estranhar que as fronteiras se esboroem com facilidade. Já me parece inadequado afirmar que só existe uma ciência social: a Economia.

A propósito desta “invasão” de outras áreas disciplinares pela Economia, refira-se o estudo de Becker, Grossman e Murphy sobre The Economic Theory of Illegal Goods: The Case of Drugs.

O estudo começa por demonstrar que, sendo o valor social de um bem inferior ao seu valor privado, a sociedade preferirá que o consumo se torne legal, restringindo o consumo através de uma taxa monetária penalizadora. No entanto, reconhece que esta conclusão é contraditória com o facto, observado, da ilegalização, ao longo da história, do consumo de drogas, da prostituição e do jogo, por exemplo.

Os autores acreditam que a explicação se encontra nos diferentes impactos destas duas estratégias na classe média, por um lado, e nas classes mais pobres, por outro. A classe média preferiria a ilegalização, as classes mais pobres prefeririam a taxação. A ilegalização é um dissuasor mais efectivo para classes com maiores rendimentos: as penas de prisão são socialmente mais gravosas, enquanto que o seu maior rendimento torna a taxação menos efectiva. Passa-se o oposto com os mais pobres. Como a classe média tem maior poder político do que os pobres, é esta a opção que tem sido adoptada.



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