Economia
É possível um Estado ativo?
Neste
sábado de olimpíadas e mensalões, é tempo também de pensar no que a foto acima
ainda representa para este século XXI.
E,
como exemplo, vou direto a um assunto recente: as penalidades que o governo
impôs a diversas empresas da área de telecomunicações. Afinal, se o telefone
não funciona ou se a conexão na internet é lenta e, mesmo reclamando da
companhia telefônica, o serviço continua deficiente, a quem devo reclamar? Ao Bispo?
Se
fosse na Idade Média até que seria possível o Bispo resolver. Porém, já que
hoje não tenho contato com o Bispo Macedo, alguém, neste mundo, tem que fazer
algo. E foi feito: o governo fez a maior interferência no mercado brasileiro da
telefonia móvel demonstrando o seu poder punitivo.
É
por esse tipo de exemplo que entre discutir um Estado máximo ou um Estado
mínimo, por que não existir um Estado ativo? Entre a liberdade de mercado de
Milton Friedman e o intervencionista Estado de John Maynard Keynes, porque não
um Estado capaz de prestar aos seus cidadãos os serviços básicos essenciais,
deixando à iniciativa privada trabalhar com total liberdade, porém,
acompanhando o dia a dia de maneira que, antecipadamente, possa agir em
benefício da coletividade?
Capitalismo
e liberdade são duas palavras próximas e o Estado não é inimigo de ambas. O que
deve existir é o bem estar da sociedade. Afinal, até Friedman, dizem alguns,
foi um admirador secreto de Keynes. Se isso foi ou não verdade, o fato é que eles
foram relevantes para o pensamento econômico no século XX e continuam
importantes neste século XXI.
Isso
posto, embora com atraso, registro os 100 anos de nascimento de Milton Friedman
que ocorreu em 31.07.2012 e torço para que o estudo das duas diferentes teorias
possa trazer ao mundo a prosperidade econômica que todos desejam.
Pelo
fim da recessão, independente da ortodoxia ou heterodoxia dos meus quase, ainda
espero, dois (milhões de) leitores. Até porque, Dilma e Serra, que não são, digamos assim, tão próximos, acreditam no poder do Estado ativo.
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