Dica de Livro: 1929 - A Grande Crise - Galbraith, Jonh Kenneth
Economia

Dica de Livro: 1929 - A Grande Crise - Galbraith, Jonh Kenneth





1929 - A grande crise, lançamento da editora Larousse do Brasil, se destaca novamente como uma referência na economia. Com a crise de 2008-2009 muitos especialistas recorreram à obra para tentar entender e solucionar mais um problema mundial, afinal, segundo Galbraith toda bolha financeira é comparável à da Grande Crise.Atual e preciso, o livro explica de forma prática e sábia as razões e os efeitos da crise de 1929 e aborda as arriscadas atitudes dos investidores e a espantosa falta de ação do governo.

Galbraith aponta que o problema não era a escassez de confiança para comprar e vender. De acordo com ele, a “ingenuidade” e o entusiasmo com os quais as empresas eram planejadas e a forma como elas demonstravam confiança eram tão extraordinários quanto duvidosos.

 A crença (profundamente enraizada na psique norte-americana) de que era possível conseguir “dinheiro fácil” e que a especulação financeira se traduzia inevitavelmente no enriquecimento rápido, também foram outros fatores responsáveis pela grande crise.A insanidade dos fundos offshore da década de 1970, a grande quebra de 1987, os faturamentos negativos de algumas empresas que surgiam a cada semana na década de 1990, tudo fez com que os analistas se voltassem para 1929. É fato que há algumas diferenças entre as crises das décadas de 1920 e 1990. Por exemplo, em 1920 não havia segurança real para os cidadãos, não havia seguro-desemprego ou seguro social. 

Em relação à crise de 2008-2009, James K. Galbraith afirma que não se sabe ainda se ao colapso atual se seguirão a mesma recessão da década de 1930 e as ocorrências dos anos posteriores. Atualmente existe um governo ultracontrolador, que os economistas chamam de estabilizadores automáticos, e estímulo fiscal imediato. As quedas são mais brandas e as recuperações ocorrem mais cedo. Segundo ele, a situação enfrentada em 2008 foi menos medonha, o consenso atrás de medidas radicais foi mais fraco e os instintos da administração menos heroicos.

 Por outro lado há semelhanças sombrias entre todas as crises, especialmente a manutenção da tendência recorrente de fusões corporativas e consolidação de indústrias não confiáveis. Assim como em 1929, por exemplo, os arquitetos do desastre de 2008 também formaram uma rica galeria de trapaceiros.1929 - A grande crise revela novamente que a análise de Galbraith está mais pertinente do que nunca. A obra mostra que suas teorias ainda têm muito a oferecer a todos que querem entender a economia globalizada e os efeitos que ela pode ter na vida de cada um.

Frederico Matias Bacic



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