Crítica a Economia política
Economia

Crítica a Economia política


PARA CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA

KARL MARX
SUMÁRIO
Introdução
I – Produção, Consumo, Distribuição, Troca (circulação)
1. Produção
2. A relação geral da produção com a distribuição, troca e consumo
a) [Produção e Consumo]
b) [Produção e Distribuição]
c) Finalmente Troca e Circulação
3. O método da Economia Política
4. Produção. Meios de produção e relações de produção ....
3 temas da introdução:

O objeto da Economia Política
Dimensão epistemológica
A organização expositiva da análise

Como a EP compreende a economia:
“Na PRODUÇÃO, os membros da sociedade apropriam-se [produzem, moldam] dos produtos da natureza para as necessidades humanas;
a DISTRIBUIÇÃO determina a proporção dos produtos de que o indivíduo participa;
a TROCA fornece-lhe os produtos particulares em que queira converter a quantia que lhe coube pela distribuição;
finalmente no CONSUMO, os produtos convertem-se em objetos de desfrute, de apropriação individual” (p.7)

Produção, Consumo, Distribuição, Troca (circulação)
PRODUÇÃO
Produção Material (ponto de partida) – ação social e determinada socialmente;
A EP toma o homem como um indivíduo isolado num momento em que as relações sociais alcançam o mais alto grau de desenvolvimento
“O homem só pode se isolar em sociedade”, acima de tudo o homem é um animal político;
A produção tem características comuns a todas épocas e particularidades específicas de cada período, ao contrário do que pensa a EP. “temos que distinguir entre produção em geral, os ramos de produção particulares e a totalidade da produção” (p. 5);
Crítica a noção de produção regida por leis naturais, eternas, independentes da História. Como também discorda da separação entre produção e distribuição


É tautologia dizer a propriedade é uma condição da produção;
Há uma relação entre o estágio das condições sociais com as perturbações na produção
“Em resumo: existem determinações comuns a todos os graus de produção apreendidas pelo pensamento como gerais; mas as chamadas condições gerais de toda produção não são outra coisa senão esses fatores abstratos, os quais não explicam nenhum grau histórico efetivo da produção” (p. 6)

2. A relação geral
da produção com a distribuição,
troca e consumo


Na produção a pessoa se objetiva
No [consumo], a coisa se subjetiva
Na distribuição, a sociedade, sob a forma de determinações dominantes, encarrega-se da mediação entre a produção e o consumo;
Na troca, essa mediação realiza-se pelo indivíduo determinado fortuitamente
No que pese a visão fragmentada dos economistas, os críticos deles estão num terreno mais abaixo

a) Produção e Consumo
A produção é também imediatamente consumo; o consumo é, imediatamente, produção
Sem produção não há consumo, mas sem consumo tampouco há produção;
O consumo produz de uma dupla maneira a produção (tornando o produto efetivo e criando e re-criando a necessidade pelo produto)
A produção engendra o consumo (fornecendo o objeto, determinando seu caráter, criando o consumidor e o impulso ao consumo)

Produção e Distribuição
A articulação da distribuição é inteiramente determinada pela articulação da produção.
A própria distribuição é um produto da produção.
no que diz respeito ao objeto,
e também no que diz respeito à forma, pois o modo preciso de participação na produção determina as formas particulares da distribuição, isto é, determina de que forma o produtor participará na distribuição
Antes de ser distribuição de produto, ela é primeiro distribuição dos instrumentos de produção, e, segundo, distribuição dos membros da sociedade pelos diferentes tipos de produção, o que determinação ampliada da relação anterior

Troca e Circulação
A troca é também manifestamente incluída como um momento da prrodução
Não existe troca sem divisão do trabalho, quer natural, quer como resultado histórico;
A troca privada supõe a produção privada;
A intensidade da troca do mesmo modo que sua extensão e tipo, são determinadas pelo desenvolvimento e articulação da produção

O Método da Economia Política

“O todo, tal como aparece no cérebro, como um todo de pensamentos, é um produto do cérebro pensante que se apropria do mundo do único modo que lhe é possível, modo que difere do modo artístico, religioso e prático-mental de se apropriar dele. O sujeito real permanece subsistindo, agora como antes, em sua autonomia fora do do cérebro, isto é, na medida em que o cérebro se comporta senão especulativamente, teoricamente” (p. 15)

O ponto de partida para o estudo da sociedade burguesa: o capital
“ O capital é a potência econômica da sociedae burguesa, que domina tudo. Deve constituir o ponto inicial e o ponto final e ser desenvolvido antes da propriedade da terra. Depois de considerar particularmente um e outro, deve-se estudar sua relação recíproca” (p. 19)

Produção. Meios de Produção e relações de produção
O método da economia política
Categoria simples – concreto
Categoria complexa – abstrato
elemento dominante – categoria complexa
abstrações mais gerais – concreto mais rico
o mais abstrato não deixa de ser determinado pelo recorte histórico
A categoria mais simples estabelece uma relação simples em estágios simples. Já em estágios mais desenvolvidos aparece como relação mais simples de um organismo mais desenvolvido



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