Coisas que nossos professores dizem I
Economia

Coisas que nossos professores dizem I


Já citamos professores em posts, sempre é divertido. Por isso começa aqui a série: coisas que os nossos professores dizem. Onde apoiamos, ou rebatemos(o que será maioria, visto que quase todos são heterodoxos) coisas ditas pelos nossos professores. Essa na verdade foi dita numa aula dos meus veteranos. O professor disse que o governo norte-americano é mais intervencionista que o brasileiro.

Claro que é uma piada e existem várias maneiras de provar. Aqui vão algumas:

-O gasto do governo brasileiro passa de 35% do PIB, nos EUA está abaixo disso. Podem dizer que é pouca diferença. Se olharmos só para esses números é verdade. O que torna a diferença gritante é que os EUA são um país desenvolvido e o Brasil é sub-desenvolvido. Dizendo de forma simples, os EUA tem a menor parcela de gasto do governo entre países desenvolvidos(talvez com exceção de Cingapura e algum outro pequeno), o Brasil tem uma das maiores dos países sub-desenvolvidos.

-Ainda que o governo norte-americano tenha protegido a indústria nascente, interviu muito menos no surgimento da indústria que o brasileiro. O governo brasileiro não só adotou barreiras protecionistas, mas construiu e administrou diretamente várias empresas importantes no processo de industrialização(Petrobrás, CSN, CVRD...).

-Os EUA tiveram mais ou menos 45 anos de esquizofrenia keynesiana(de 1933 até o governo Reagan), no Brasil, adotamos o keynesianismo antes deles(antes da teoria geral do Keynes também, mas isso eles também fizeram), nos anos 20 o governo já estava queimando café pra garantir que não houvesse crise. E fizemos uma constituição keynesiana bem depois do keynesianismo estar morto e enterrado(ainda está vivo nos corações de muitos, é claro).

-No Brasil, sempre ficamos parados esperando que o Estado fizesse as coisas(ver Bohrer, Marcelo; Herança Maldita), o Estado confunde público e privado e tudo é uma bagunça. O futuro, ou melhor, o presente está apresentando a conta(Balbinotto, Giácomo).

-Adoram falar nos gastos militares como exemplo de ultra-intervencionismo. Lá eles encomendam as armas pras empresas, gastam muito, é verdade, mas elas funcionam. Aqui resolveram fazer um submarino, o Estado se encarregou, conseguiu gastar 1 bilhão de reais na maquete...



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