Economia
Castigo altruísta
As investigações - e descobertas - da "neuroeconomia" e da "neurociência cognitiva" podem ter aplicação em muitas das actuais áreas curriculares; na realidade, em todo o campo das denominadas ciências sociais: Economia, Sociologia, Direito, Antopologia, etç.
O artigo científico "The Neural Basis of Altruistic Punishment ", de Quervain e outros, descreve mais uma experiência que encontrou evidência acerca do comportamento designado como "castigo altruísta" - ou seja, de que o ser humano obtém prazer com a punição daqueles que violam as normas sociais, mesmo incorrendo ele próprio em custos. A mecânica da experiência encontra-se descrita aqui.
As implicações deste tema na Economia são evidentes: já que a teoría económica dominante assenta no pressuposto do comportamento individualista egoísta. Outras correntes, como o institucionalismo, admitem que o comportamento individual se possa submeter ao interesse colectivo: o que é coerente com o castigo altruísta. Mas o Direito também beneficia destas investigações, que poderão explicar comportamentos como a vingança. Estudos de Antropologia, por outro lado, referem que a vingança é o motivo para a guerra mais frequentemente referido por guerreiros tribais (artigo).
O "castigo altruísta" tem sido objecto de muita literatura científica, podendo referir-se:
"The Economics of Altruistic Punishment and the Demise of Cooperation", onde se sugere que "o castigo altruísta é importante na evolução da cooperação [mas] apenas em combinação com outros factores indutores de cooperação, tais como a reputação e a reciprocidade ou a possibilidade de desistir.
"The evolution of altruistic punishment": "em experiências laboratoriais as pessoas castigam os não-cooperadores à custa deles próprios, mesmo em interacções pontuais, e os dados etnográficos sugerem que este castigo altruísta ajuda a manter a cooperação nas sociedades humanas."
"Altruistic Punishment and the Origin of Cooperation"
"The Economics of Altruistic Punishment and the Demise of Cooperation", onde se refere que a "decisão de punir decorre de uma amálgama de respostas emocionais e análise cognitiva custo-benefício", e que "a economia do castigo altruísta conduz ao fim da cooperação quando o castigo é relativamente caro e/ou tem fraco impacto".
"Altruistic Punishment in Humans"
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Maus Genes
Segundo uma notícia do New Scientist, as pessoas comportam-se de modo mais altruísta quando sabem que estão a ser observadas, mesmo quando essa observação é "feita" por uma fotografia inóqua. A experiência referida, realizada por Terry Burnham,...
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Neuroeconomics And Public Management
Revising the Fundamentals: Insights of Neuroeconomics for Economic Foundations of Performance-Related Pay in Public Management Utz Helmuth Transformations in Business & Economics - Vol. 8, No 1(16), 2009 ABSTRACT. This paper concentrates on recent findings...
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Altruísmo (ii)
Entender os determinantes do comportamento altruísta nos seres humanos é de óbvia importância para os economistas, tendo em vista que tal comportamento parece ser inconsistente com a hipótese de que o homo economicus é um maximizador racional. Em...
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Finalmente uma lição bem dada
Podem falar o que quiser. Achei o castigo perfeito. [ok, ignorem o tal inocente. Mas o castigo ainda é perfeito. Pichou, vai ser pichado. Gostaria de ver em quanto tempo as pichações iriam diminuir...he he he]
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