LUCIANA XAVIER - O Estado de S.Paulo
O economista James B. Rogers ou Jim Rogers, como prefere ser chamado, é um
dos emblemáticos investidores americanos das últimas décadas. Prestes a fazer 71
anos, Rogers se juntou ao amigo George Soros nos anos 70 para fundar o Quantum
Fund. Fez fortuna, largou tudo e foi dar a volta ao mundo de moto. Pelas
façanhas como viajante, entrou duas vezes para o Guinness Book.
Com suas gravatas borboletas coloridas e a língua afiada para críticas,
Rogers é figura constante no noticiário econômico da TV e jornais dos Estados
Unidos. Ele está pessimista em relação às perspectivas para os Estados Unidos, o
Chipre e toda a zona do euro e mais crítico do que nunca em relação ao Brasil.
"Aquela senhora está tornando impossível investir no Brasil", diz, referindo-se
à presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista por telefone concedida de Santiago, no Chile, Rogers disse que
o Brasil poderia ser aquele país promissor que muitos imaginaram. Mas não é, por
causa dos erros do governo, especialmente no que diz respeito a tentar controlar
a entrada de capitais.
"Ela (Dilma) está tornando ilegal investir no Brasil", critica, dizendo ainda
que não investe mais no País - nem pretende voltar a fazê-lo tão cedo.
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