O Estado de S.Paulo
Falta transparência às operações do BNDES, segundo afirma em ação na Justiça
a Procuradoria da República no Distrito Federal. O objetivo da ação é obrigar o
banco a fornecer toda informação relevante sobre a destinação de recursos a
empresas e entidades de todos os tipos. A cobrança de dados refere-se às
operações em curso, às transações futuras e àquelas realizadas nos últimos dez
anos. O BNDES recusa-se a fornecer detalhes dos aportes a clientes privados
alegando sigilo bancário, segundo consta da ação. Esse argumento, de acordo com
o Ministério Público, deixa de valer quando se trata do uso de dinheiro público.
Não pode haver dúvida quanto à origem pública dos recursos, porque o capital
do BNDES, um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo, é inteiramente
estatal. Além disso, seu caixa tem sido reforçado pelo Tesouro com empréstimos
subsidiados. Apesar disso, aspectos relevantes de sua atuação permanecem na
sombra. A instituição, segundo o Ministério Público, deve fornecer informações
mais completas sobre a captação do dinheiro, os critérios de aplicação e as suas
condições - prazos, juros, riscos, garantias e retorno.
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