Economia
BNDES abandona a criação de "campeões nacionais"
Miriam Leite
Política que não deu certo nos anos 70 fracassou de novo
A política de criar "campeões nacionais", que será abandonada pelo BNDES, é errada desde o início. A ideia era a seguinte: o Estado escolhia algumas empresas, que comprariam outras do setor, ficando fortes para ganhar o mercado internacional.
Essa visão paternalista e estatizante já foi experimentada pelo Brasil nos anos 70, no governo militar, mas a receita não deu certo. Muitas das empresas escolhidas à época morreram. As companhias devem jogar o jogo global, mas têm de mostrar na sua estratégia capacidade para isso, não o Estado dizer com qual empresa uma companhia tem de se "casar".
Luciano Coutinho, presidente do BNDES, disse ao "Estadão" que essa política foi adotada nos segmentos de petroquímica, celulose, frigoríficos, siderurgia, suco de laranja e cimento. E seria abandonada porque esgotaram-se os setores.
É bom que o banco a abandone; mas não está fazendo isso porque faltou setor. Ela deu errado e foi criticada inclusive dentro do governo.
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