Economia
Bens – noção e classificação
As necessidades são satisfeitas utilizando
bens.
Quanto ao custo estes podem classificar-se em bens livres e bens económicos. Em Economia, o conjunto de bens que estão disponíveis a preço nulo (gratuitamente) dizem-se
bens livres. Estes bens não são estudados, porque não colocam o problema da escassez: podes sempre beber mais água no mar, apanhar mais Sol na praia, passear pela floresta, conversar com os amigos, respirar sem sequer pagar impostos (por enquanto!)...
“Não há almoços grátis!” é uma expressão popular bem significativa que um professor de Economia escolheu para a coluna que publica regularmente no Diário de Notícias. Curiosamente, com o
site www.dn.pt disponível na Web – gratuitamente – podemos lê-lo sem o comprar ;)
A Internet veio oferecer-nos muitos bens gratuitos, desde que tenhamos acesso a uma ligação, e isto está a mudar a configuração das sociedades.
Se tentares prosseguir a lista acima terás muita dificuldade, porque a generalidade das necessidades são satisfeitas por
bens económicos, bens com preço maior que zero, que portanto obrigarão a optar entre uns e outros, colocando o problema da
escassez - e dos custos de oportunidade -, porque o orçamento familiar é sempre limitado.
Quanto à forma como as necessidades são satisfeitas distinguem-se os bens materiais dos serviços. Os bens económicos podem ser bens físicos, palpáveis – como os alimentos, o vestuário, a
playstation, etc. – isto é,
bens materiais.
Outro tipo de bens exigem a
presença de uma terceira pessoa, seja o médico no caso duma consulta, o professor numa aula, o motorista do autocarro, etc. Bens deste tipo dizem-se
serviços: a saúde, a educação, a actividade comercial, os transportes, a banca, os seguros, etc.
Quanto à sua função os bens classificam-se em bens de consumo e bens de produção. Os bens que os consumidores utilizam para satisfazer as suas necessidades dizem-se
bens de consumo.
Aqueles a que as empresas recorrem para produzir outros bens dizem-se
bens de produção. Portanto, o computador que tu usas para te divertires é um bem de consumo, mas se o utilizares como instrumento de estudo, para desenhar um projecto de uma habitação, fazer a contabilidade de uma empresa, guardar dados de processos, etc. o mesmo computador já será um bem de produção.
Quando à sua duração distinguem-se os
bens duradouros dos
bens não duradouros. Os primeiros serão utilizados
múltiplas vezes, enquanto os segundos serão consumidos
numa única vez. Por exemplo, quando se escovam os dentes, a escova é substituída após alguns meses, mas a pasta dentífrica ou o gel têm uma única utilização, apesar de a embalagem conter produto suficiente para várias. Igualmente apenas se come cada bife uma vez, mas os talheres podem durar muitos anos.
Quanto às suas relações recíprocas distinguem-se os bens sucedâneos – ou substitutos – dos bens complementares. Os
bens sucedâneos utilizam-se alternativamente (A ou B); os
bens complementares conjuntamente (A + B). Imagine-se que se pode ficar satisfeito com uma sandes de queijo ou de fiambre. Como se pode substituir o queijo pelo fiambre (ou vice-versa) estes bens são sucedâneos. Mas para fazer a sandes também será necessário o pão! Como a sandes terá o pão e o queijo ou o fiambre ou mesmo o conjunto destes ingredientes – para uma sandes mista -, o pão é um bem complementar relativamente ao queijo e ao fiambre.
Até agora pensou-se na
complementaridade entre bens de consumo, dita
complementaridade horizontal. Mas também se verifica
complementaridade ao nível da produção, pois para produzir um livro não basta o papel, também serão necessárias máquinas e pessoas para o imprimir e encadernar. Na produção diz-se
complementaridade vertical.
1.
Indica o critério de distinção entre bens materiais e serviços.
2.
Apresenta dois exemplos de bens materiais e dois exemplos de serviços.
3.
Indica o critério de distinção entre bens económicos e bens não económicos.
4.
Apresenta dois exemplos de bens económicos e dois de bens não económicos.
5.
Indica o critério de distinção entre bens de consumo e bens de produção.
6.
Apresenta dois exemplos de bens de consumo e de bens de produção.
7.
Indica o critério de distinção entre bens duradouros e bens não duradouros.
8.
Apresenta dois exemplos de bens duradouros e de bens não duradouros.
9.
Indica o critério de distinção entre bens sucedâneos e bens complementares.
10.
Apresenta dois exemplos de bens sucedâneos e de bens complementares.
11. As máquinas podem substituir as pessoas no processo produtivo, mas a produção nunca ocorre sem máquinas e pessoas.
Classifica os factores produtivos (capital e trabalho) quanto às suas relações recíprocas.
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