Análise econômica da beleza: uma homenagem à Anna Kournikova
Economia

Análise econômica da beleza: uma homenagem à Anna Kournikova


Resolvi escrever esse post depois de uma discussão com um grande amigo( Zorro, Eduardo; autor de "American cars just suck") sobre o sucesso de bandas como "Black Eyed Peas". Meu amigo acredita que essas bandas não merecem o sucesso que fazem, uma vez que esse deriva em grande parte, não da música feita por eles, mas de outros fatores como a beleza alguns(ma) de seus(sua) integrantes. A idéia aqui não é discutir isso(até porque a discussão foi maior e mais longa que isso e já foi encerrada), mas falar sobre a idéia de que os altos rendimentos que algumas pessoas obtêm por causa de sua beleza são injustos.
Por discutir ganhos obtidos à partir da beleza que eu coloquei a tenista Anna Kournikova no título do post. Enquanto jogou, Anna Kournikova foi uma das tenistas mais famosas do mundo -talvez a mais- sem nunca ter ganhado um torneio de simples(em duplas, ela obteve mais sucesso, mas não que justificasse tamanha fama). O que explica a fama dela é simples, ela é muito bonita. Muitos dirão que isso é injusto. Injusto por que, cara pálida? Enquanto as pessoas demandavam jogos de outras tenistas pela habilidade delas, demandavam os da Anna principalmente pela sua beleza(demandavam notícias e outras coisas também, estou simplificando).
Um argumento possível é que a pessoa não "conquista" sua beleza, que isso é algo determinado genéticamente, ou seja, que não reflete esforço pessoal. Esse argumento é facilmente derrubado uma vez que uma série de outros fatores que possibilitam sucesso não são fruto de esforço. A habilidade para esportes, por exemplo. Ninguém pode afirmar que Sharapova ou as irmãs Williams sejam mais esforçadas que outras tenistas não tão bem sucedidas. Claro que esforço importa, mas o que diferencia atletas medianos de atletas excepcionais-os que realmente ficam muito famosos- é uma habilidade que não se conquista apenas com esforço.
Isso não acontece apenas com esportistas. Einstein talvez não fosse o físico mais esforçado de sua época, ele era o mais brilhante, não é algo conquistado por ele, é uma característica que ele "recebeu". Isso quer dizer que ele não tem méritos? Evidente que tem, ele poderia ter nascido um gênio mas nunca se esforçado e aplicado isso, sem isso ele nunca teria sido reconhecido.
Existem milhões de casos assim, exatamente por combinarem esforço com características excepcionais que certas pessoas se destacam. Essas características são as mais variadas: inteligência, carisma, força, talento para esportes, talento para artes, facilidade para aprender, memória e beleza; entre muitas outras. Pessoas detentoras delas, quando são capazes de "aplicá-las" geram benefícios para si e para toda a sociedade. Tanto as teorias de Einstein, de Newton, de Friedman e de Adam Smith quanto os quadros de Picasso, Michelangelo, de Van Gogh e de Rembrant, o talento para a música de Mozart, Beethoven e dos Beatles, o talento para esportes de Ronaldinho e Tiger Woods e a beleza da Anna Kournikova e da Heidi Klum geram ganhos de bem-estar para a sociedade(se você aceitou os primeiros exemplos, mas não os últimos, lembre-se que as pessoas demandam jogos de futebol e golfe, fotos e desfiles).

PS: Se você acha que isso não tem nada a ver com economia, eu tenho duas respostas.
1-Procure artigos do Gary Becker.
2-O blog é meu, eu faço como quiser, coloco post, tiro post...(citando um professor, acerte quem é e concorra a um boné do MST, tenho 2 , to pensando em sortear um...brincadeira, foram presentes e gosto muito deles).



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