António Caldeira, autor do blogue Do Portugal Profundo, foi ontem absolvido pelo Tribunal da acusação que lhe fora movida pelo ministério público. A acusação relacionava-se com a publicação, naquele blogue, de peças do processo de pedofilia ("Casa Pia"). A acusação, no entanto, era especificamente sobre alegada a desobediência de António Caldeira relativamente a um despacho judicial proibindo aquela publicação. A sentença que ilibou aquele professor também se apoiou numa questão formal: o tribunal considerou que António Caldeira não fora notificado da decisão, portanto não podia ter havido desobediência. No seu blogue Do Portugal Profundo afirma-se que se trata de um "processo de perseguição política", e desabafa-se: "Absolvido. Um caso arrumado. Outros virão, que a rede pedófila de controlo do Estado não perdoa." Diz também que se tratou de um "processo ultrajante" e que a acusação se relacionava com "um despacho que eu não conhecia, não me foi facultado durante o processo porque estava em segredo de justiça, e que só hoje, no dia da sentença, ouvi." No blogue também se transcreve integralmente a sentença. Ainda há poucos dias o autor do Do Portugal Profundo manifestava a opinião de que o recente acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa relativo à não pronúncia de Paulo Pedroso, Herman José e Francisco Alves do caso de pedofilia da Casa Pia, "deixa pouco espaço à esperança de condenação judicial final dos poderosos arguidos de pedofilia." Notícia do "Diário de Nocítias. |