Economia
A fórmula Tanure de fazer negócios
Uma cesta de adjetivos sempre é despejada quando há menções ao nome do empresário Nelson Tanure: polêmico, frio, calculista, implacável. A imagem sugerida por essas qualificações se desfaz quando Tanure, 54 anos, entra sorrindo, cumprimenta as pessoas e, com um gesto largo, indica a parede de vidro da sala, que emoldura o principal cartão postal do Rio de Janeiro, o Pão de Açúcar. “Eu sento de costas para a janela, senão não me concentro no trabalho”, brinca ele. A partir daí, e durante as mais de duas horas de conversa com a reportagem da DINHEIRO, ele se mantém calmo e cordial. Às vezes, diante de um assunto mais incômodo, levanta-se, coloca as mãos nos bolsos e continua falando, enquanto caminha paralelamente à imensa janela. Nem mesmo nos momentos em que fala de seus desafetos, o tom de voz se altera. De tempos em tempos, lança mão de filósofos e escritores, como Niestszche e Shakespeare, para explicar alguns de seus conceitos no universo corporativo. “A leitura é uma de minhas paixões”, diz ele. Todos os dias ele dedica algumas horas aos livros. Outras duas são dedicadas à audição de música clássica de seu acervo de cinco mil discos – parte deles oriundos da discoteca que pertencia ao ex-ministro Mário Henrique Simonsen. Onde ele arruma tempo? “Não tenho uma rotina de trabalho sufocante”, diz ele. “Parte da semana, passo em minha casa em Petrópolis. Já não trabalho em demasia.” Nos últimos 30 anos, Tanure ergueu um império empresarial colecionando companhias com marcas consagradas e finanças estraçalhadas. Em seu portifólio, há ícones dos mais diversos setores, como os diários Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil, a operadora portuária Docas e o Estaleiro Verolme. Juntas, lhe proporcionam um faturamento anual de US$ 400 milhões. Seu mais recente alvo foi a Varig – numa tentativa que acabou frustrada. Na entrevista a seguir, Tanure conta detalhes dessa operação e fala de seu modelo de fazer negócios.
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