Conceitualmente a educação não deve ser classificada como um bem público, na verdade deve ser classificada como um bem privado. Porém, diversos autores afirmam que a educação deve ser financiada pelo Estado devido aos “efeitos laterais” gerados.
É sabido que uma população altamente educada (grande parcela da população com ensino superior completo) ajuda a tornar uma democracia estável, possibilita o crescimento e o desenvolvimento econômico, entre outros efeitos positivos. A educação pode, entretanto, tornar-se um freio ao desenvolvimento. Um exemplo claro disso é a propagação de idéias contrarias ao capitalismo e a sociedade livre nas escolas e universidades, isto é, a propagação das teorias marxistas, entre outras. Nada contra alguém que acredite em tais teorias, creio que todo o cidadão tem o direito de acreditar no que ele quiser. O problema aqui é a doutrinação a que os jovens são submetidos. A educação que os jovens recebem será a base das instituições da sociedade no futuro, as instituições são a base de funcionamento da sociedade.
Pode-se citar como exemplo de externalidade negativa do “consumo” de educação do tipo citado acima a formação de sindicatos, especificamente o sindicato dos professores das redes estadual e federal. O Estado formou a maior parte desses profissionais, ou seja, sua educação foi custeada pela sociedade para que no futuro eles retribuíssem. Qual é a retribuição dada? Lutas pela manutenção da mediocridade da educação, além de servirem de massa de manobra de partidos políticos.
Outro exemplo interessante é o do Itamaraty. O ex-embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur acusou o Itamaraty de doutrinar seus funcionários, eles são obrigados a ler livros de temática anti-americana. Ou seja, os “educadores” do Itamaraty provavelmente receberam sua educação do governo e retribuem dessa maneira, através da propagação barata de ideologia, deixando os interesses da nação em segundo plano. Mais uma vez é um exemplo claro de externalidade negativa gerada por este tipo de educação.
A educação tende em geral a gerar externalidades positivas, mas nesse caso as externalidades geradas são negativas, prejudicam a vida das demais pessoas. A educação um caso típico de externalidades, as positivas são geradas abaixo do socialmente desejável e as negativas acima. Obviamente não há solução para isso, criar um imposto sobre marxistas e outras categorias que se enquadram na “educação negativa” é algo absurdo. Sobretudo deve ser preservada a liberdade de pensamento.