Paul Krugman, o economista a quem foi (finalmente) atribuído o prémio Nobel, esteve em Portugal em 1976, juntamente com outros alunos de doutoramento do MIT (Andrew Abel, Luís Beleza, Jeffrey Frankel, Raymond Hill) sob a orientação de Dornbush, Eckaus, Solow e outros. Este grupo elaborou para o Banco de Portugal o relatório "A economia portuguesa: evolução recente e situação actual", de 6 de Agosto de 1976. Apesar de não se depreender do título, o relatório sugere algumas medidas de política económica "destinadas a reduzir o défice [externo] em 1977" e a tornar a economia portuguesa "mais capaz de concretizar as esperanças da revolução de 25 de Abril de 1974".
Apresentam-se a seguir cópias da página de agradecimentos (entre outros, a Amílcar Theias, mais tarde meteórico ministro do Ambiente) e do Prefácio subscrito por E. Cary Brown, Rudiger Dornbusch, Richard C. Eckaus, Robert M. Solow e Lance J. Taylor.
Ao contrário do que já ouvi dizer a J. Braga de Macedo — que nessa altura o "pessoal de Economicas" [actual ISEG] desprezou o Krugman — o relatório foi estudado e utilizado para reprodução dos modelos económicos, na cadeira de Economia Pública, de Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite. Krugman era apenas um investigador desconhecido, e a economistas como Dornbush e Solow era reconhecido muito mérito.
Agradecimentos | Prefácio (1) | Prefácio (2) |
Prefácio (3) | Prefácio (4) |