Economia


The book is on the table
Algumas observações sobre o mercado de livros no Brasil


Porque o mercado de livros no Brasil é tão desfavorável ao consumidor brasileiro ? Algumas possibilidades :

1) o consumidor é masoquista e/ou maximizador de utilidade alheia. Ele adora ver as firmas do mercado editorial com lucros astronômicos ( hipótese quase totalmente, mas não completamente, descartável. Tem gente que acha chique pagar mais caro.)
2) o mercado de livros é um cartelzinho desprezível ( hipótese razoável). As firmas em geral têm exclusividade na publicação de uma obra. Há, então, situações de concorrência monopolística ou de monopólio puro. Nestes casos as firmas não costumam ligar muito para aquele tal de elasticidade preço da demanda .
3) a escala é nanômica. Exceto nos casos de livros de plantas ornamentais e auto-ajude-ao-autor-a-ficar-rico, a demanda por livros é muito pequena. Economia é um exemplo. Ídem para Matemática computacional, astrofísica estelar, etc. Recentemente, com a expansão das faculdades privadas, começaram a aparecer alguns títulos associados a cursos de direito e administração , e alguns títulos mais badalados de introdução à economia. No mais, auto ajuda e plantas ornamentais .
4) A velha teoria do muito sol e invernos generosos. O brasileiro não gosta de ler porque o pais tem muito sol. Logo, o custo de oportunidade de pensar em outra coisa que não mulher e cerveja é muito alto. Na Suécia , Rússia, Finlândia, Noruega, Groleândia, etc, as pessoas lêem muito porque o inverno é rigoroso. Nem sempre dá para sair de casa. A melhor diversão é ler. Isto é pouco provável. Já teve uma época que o mundo árabe era líder em tecnologia e conhecimento e lá não é nem um pouco mais frio que aqui. Ídem para Incas, Maias e Astecas. Além disso, pingüim nunca ganhou Nobel.

E aí ? Alguma explicação ?



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